SELEX Galileo e Aeroletrônica fornecerá 11 radares e aviônicos Grifo F BR para a frota de caças F-5
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SELEX Galileo e Aeroletrônica fornecerá 11 radares e aviônicos Grifo F BR para a frota de caças F-5

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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) - A SELEX Galileo, uma empresa Finmeccanica, e a Aeroeletrônica, uma empresa Elbit Systems, assinaram contrato com a Força Aérea Brasileira para o fornecimento de 11 radares Grifo F/BR para atualizar a frota de aeronaves de caça F-5 (no caso, os 11 jatos F-5E/F comprados usadas da Real Força Aérea da Jordânia em 2008).

A assinatura do contrato fortalece ainda mais a excelente reputação do radar Grifo. Já são mais de 450 unidades entregues para exigentes clientes como as Forças Aéreas de Cingapura, Brasil, República Tcheca, Paquistão e Coréia do Sul.

Segundo Oscar Bosco, responsável pela área de radares e sistemas de mira avançados da empresa SELEX Galileo na Itália “O produto vem atendendo e superando os requisitos operacionais e de logística/manutenção de nossos clientes. Estamos muito satisfeitos com essa nova encomenda, comprovando os excelentes resultados de vendas e uma reputação crescente num setor particularmente difícil de radares para aviões de combate“.

Bosco continua “O radar Grifo não é um produto fechado, estando sujeito a atualização contínua, tanto em termos de modos de operação como de soluções de hardware, a fim de atender às necessidades de constantes mudança desse mercado altamente competitivo. O roteiro para a evolução do radar Grifo já foi planejado e a próxima fase será o Grifo-E: uma versão com capacidade de varredura eletrônica ativa (AESA). O Grifo E será disponibilizado para a carteira existente de clientes SELEX Galileo de radares AESA para satisfazer as exigências de novos e de modernizadas aeronaves treinadoras avançados, de ataque leve e de aeronaves de combate “.

As Origens dos Radares Aerotransportados de Combate na FAB

Desde sua criação em 1941 até o início dos anos setenta a aviação de caça brasileira operou restrita ao alcance visual e dependendo fortemente de controle e vetoração vindos do solo, isso quando estivessem disponíveis. Com a compra dos interceptadores Mirage IIIE e a introdução do SINDACTA (Sistema Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), a partir de 1975, a situação melhorou bastante, fato reforçado pela compra de caças F-5E Tiger II. O Brasil dividiu seu espaço aéreo em cinco regiões controladas diuturnamente pelos radares dos Cindacta (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo).

Começando pela capital Brasília e as maiores cidades do país, localizadas na região sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo) com o Cindacta I, a FAB paulatinamente cobriu as regiões sul, nordeste e centro-oeste do país com radares, até chegar ao Cindacta IV, num enxuto e econômico sistema de operação dupla de defesa aérea e controle do tráfego aéreo comercial ao mesmo tempo. No início dos anos 90, o desafio era a integração e proteção da Amazônia brasileira, cujo enorme espaço aéreo estava sendo invadido, principalmente nas regiões de fronteira norte e centro oeste, por aeronaves do narcotráfico e contrabando de armas. Era chegada a hora do Cindacta V, ou melhor, do Sistema de Vigilância da Amazônia, o SIVAM. E foi aí que a FAB voltou a enxergar ao comprar novos “olhos” para os seus caças.

Enxergar e atirar primeiro

Os radares Cyrano II e Emerson AN/APQ-159, respectivamente empregados pelos Mirage IIIE e F-5E Tiger da FAB já haviam se tornado totalmente obsoletos no início dos anos noventa, sendo assim, na esteira dos contratos de aquisição dos equipamentos do SIVAM e a modernização da estrutura já existente no restante do sistema SINDACTA, a Força Aérea decidiu-se por modernizar a aviônica dos seus caças F-5, já que os veteranos jatos franceses Mirage aproximavam-se inexoravelmente da sua aposentadoria, vindo a serem substituídos por jatos Mirage 2000C em 2006.

Tomando por base a modernização chilena, desenvolvida com tecnologia israelense e integrada nos seus F-5 em meados dos anos 90, a FAB lançou o programa F-5BR tendo como principais empresas contratadas a EMBRAER, a Elbit Systems e a SELEX Galileo.

Além do versátil radar italiano Fiar Grifo-F/BR, de pulso Doppler e antena plana, a modernização dos F-5E/F da FAB incorporou um novo painel glass cockpit digital com três telas LCD prontas para uso com NVG (óculos de visão noturna), o conceito HOTAS (mãos no acelerador e no manche), comunicações digitais criptografadas com datalink, barramento de dados digital MIL- STD 1553B, alerta radar (RWR) da Elisra, lançadores de chaff e flares (contramedidas anti-míssil), OBOGS (sistema de geração de oxigênio a bordo) e a capacitação para uso de capacetes com mira integrada (HMD) e mísseis BVR (além do alcance visual) do tipo Derby ou similar.

O radar Grifo-F/BR não só devolveu a FAB a capacidade de seus pilotos “enxergarem” mais longe nos céus, ampliando significativamente a arena de combate aéreo, como ainda abriu um novo mundo de possibilidades doutrinárias de emprego para os três esquadrões equipados com este eficiente e moderno equipamento.

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Fotos: Roberto Caiafa



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