O ministro brasileiro da Defesa Nelson Jobim, sua renúncia e será substituído por Celso Amorim
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O ministro brasileiro da Defesa Nelson Jobim, sua renúncia e será substituído por Celso Amorim

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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) – A repercussão negativa que as declarações de Nélson Jobim causaram dentro do governo, especialmente após o mesmo assumir que votou no adversário de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2010 (o candidato José Serra) chegou ao seu clímax nesta quinta feira, três de agosto, quando foi anunciada a sua exoneração. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Jobim será substituído pelo ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim no Ministério das Relações Exteriores durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2010.

Em entrevista a uma revista de circulação nacional, o então Ministro da Defesa fez duras críticas a duas ministras da equipe montada pela Presidente Dilma e que ocupam cargos de confiança. Segundo Jobim “A Ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvati, é fraquinha, e Gleisi Hoffmann, Ministra-Chefe da Casa Civil, não conhece Brasília", palavras que teriam irritado profundamente a Presidente Dilma. De fato, uma demissão que não causou surpresa, afinal, já havia um acordo de transição costurado pelo Ex-Presidente Lula e que previa, dentre outros arranjos, a permanência dos comandantes das três forças armadas e do ministro da defesa por pelo menos um a dois anos do Governo Dilma.

Jobim sai do governo de cabeça erguida. Durante a sua gestão a frente da pasta, um ambicioso plano de reequipamento das forças armadas foi posto em prática seguindo diretrizes do Plano Nacional de Defesa (PND). Jobim conseguiu colocar o tema Defesa no centro dos debates nacionais e também foi fundamental no renascimento da indústria bélica brasileira, um setor em baixa durante toda a década de noventa. Experiente interlocutor, Jobim contava com o respeito dos militares, sendo considerado por muitos deles como o melhor ministro da pasta nos últimos 30 anos.

Reaparelhamento das Forças Armadas Brasileiras

A Marinha do Brasil deu início ao seu Programa de Reaparelhamento focado na compra de novos meios de superfície como escoltas, patrulhas oceânicos, navios auxiliares e fragatas multimissão, além de quatro novos e modernos submarinos convencionais do tipo Scorpenne e um do tipo nuclear, o SN-BR, todos alocados em nova base (atualmente em construção) no litoral do estado do Rio de Janeiro.

O Exército Brasileiro, confirmando sua reorientação estratégica de investir pesado na defesa da Amazônia, lançou programas visando dobrar seus efetivos na região e a quantidade de pelotões especiais de fronteiras, além de equipar os mesmos com sistemas de radares de baixa altitude SABER, mísseis terra-ar do tipo MANPADS IGLA e desenvolver melhor logística e apoio ao combatente de selva. Além disso, o ambicioso programa da VBTP-MR Guarani, um blindado 6x6 fabricado pela IVECO e destinado a tornar o EB uma força mecanizada dotada de alta mobilidade, inclusive aerotransportada, teve assegurado sua industrialização com altos índices de participação da indústria local.

Já a Força Aérea realizou a modernização de seus meios de combate, transporte e patrulha contando com forte participação de empresas brasileiras. A concorrência para a escolha do novo caça de combate de FAB, e conhecida como FX-2 foi baseada na transferência de tecnologia e capacitação da indústria nacional, prevendo a compra inicial de 36 unidades. O anúncio do vencedor só deverá ocorrer em 2012, mas as três empresas finalistas (Boeing, Dassault e SAAB) vêm seguidamente divulgando investimentos e parcerias com empresas brasileiras.

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