Forças Armadas do Brasil concluiu Operação Agatha na região de fronteira com a Colômbia
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Forças Armadas do Brasil concluiu Operação Agatha na região de fronteira com a Colômbia

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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) - Contando quase 30 dias contínuos de pesadas atividades militares na região de fronteira entre o Brasil e a Colômbia, inclusive com emprego de armamento real, a Operação Ágata marca o início da nova década do século com a consolidação do SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), uma intricada rede de radares, sensores meteorológicos, comunicações digitais por satélites, conhecimento de avançados softwares de controle aéreo e outras facilidades tecnológicas ficaram disponíveis aos militares brasileiros.

Progressivamente, desde meados dos anos 90, o Brasil absorveu os ensinamentos da operação do sistema, e paralelamente, procurou renovar sua aviação de transporte, melhorar pistas de pouso e transferir mais tropas para a região amazônica, num lento e constante processo de envio de unidades de infantaria e logística, aviões de caça supersônicos e novos helicópteros de transporte, ataque e assalto, além de tropas de Fuzileiros Navais, novas embarcações fluviais e melhorias funcionais nos Pelotões Especiais de Fronteira, previstos para dobrarem em número até 2020.

Mas a maior demonstração de avanço operacional foi dado pela Força Aérea Brasileira, que empregou novas táticas e formas de combater usando Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) do tipo RQ-450. Estes ARP receberam a missão de localizar as pistas clandestinas utilizadas pelos criminosos de fronteira. Operando em conjunto com os sofisticados aviões E-99 Guardião, designaram alvos para caças A-29 Super Tucano no meio da escuridão. Estes turboélices atingiram as pistas de pouso clandestinas usando bombas de 230 kg com extrema precisão proporcionada por sistemas de visão noturna e computadores capazes de calcular continuamente o ponto de impacto das bombas.

Caças Northrop F-5EM oriundos de Manaus e desdobrados em Tabatinga se encarregam de prover a superioridade aérea na região. Forças Especiais e de Infantaria de Selva deram cobertura as ações em terra onde ocorreu a presença da polícia federal e de órgãos de fiscalização do governo brasileiro, contando com o apoio de helicópteros da Marinha, do Exército e da FAB, todos operando de forma integrada e com elevados índices de disponibilidade em campo.

Os helicópteros utilizados pela FAB também demonstraram poder de fogo muito melhorado, especialmente no caso do Black Hawk, tipo que também está sendo utilizado pela Aviação do Exército na Operação Ágata. Os caças A-29 Super Tucano, provados em combate pela vizinha Colômbia contra as FARC com enorme êxito, repetiram o sucesso do tipo quando operando nas difíceis condições amazônicas, de dia ou à noite.

Complexa base logística e centro de operações expedicionário montado em Tabatinga, cidade fronteiriça com a Colômbia (cidade de Letícia), permitiram aos comandantes brasileiros terem o acesso a comunicações digitais de grande velocidade, centro médico de campanha, completo apoio ao combate e inteligência de qualidade atualizada constantemente. Na prática, as três forças deram provas da sua capacidade de operarem juntas no terreno considerado de difícil condição utilizando novas tecnologias e doutrinas de emprego de forma efetiva. A Operação Àgata também significou uma importante mudança estratégica e diplomática do governo brasileiro. Continua a postura humanitária, pacífica, de integração com os países do continente sulamericano, mas ao mesmo tempo, o lema que pode ser visto nas boinas e chapéus de selva dos guerreiros brasileiros, e que diz “Que não ousem ameaçar nossa Amazônia” está cada dia mais atual.

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Foto: FAB/CECOMSAER



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