(Infodefensa.com) Rio de Janeiro - As boas relações do Brasil com os demais países da Organização das Nações Unidas (ONU) e especialmente com os vizinhos sul americanos foram destacadas pelo vice-presidente da República, Michel Temer, e pelo ministro de Defesa, Celso Amorim, na abertura da LAAD Defence & Security 2013, na manhã da terça-feira, no Riocentro, no Rio de Janeiro.
Em seu discurso na cerimônia de abertura, o vice-presidente da República, que representou na ocasião a presidente Dilma Rousseff, ressaltou os avanços tecnológicos alcançados pela indústria de Defesa brasileira. "Muitas tecnologias desenvolvidas inicialmente pelas forças militares acabam sendo incorporadas também pelo mercado civil, como o exemplo de softwares desenvolvidos pelo Exército Brasileiro", disse Temer.
O vice-presidente também lembrou que o ambiente amistoso do Brasil com os seus países vizinhos tem contribuído para atuações conjuntas em prol da Defesa e da Segurança Pública na região. Essa boa relação também foi destacada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, em seu pronunciamento.
"Este é um momento importantíssimo em que temos relações amistosas com todos os nossos vizinhos, os quais também têm boas relações entre eles. Então, a América do Sul é reconhecida hoje como uma área pacífica, de segurança", ressaltou o ministro, acrescentando que uma área de "Defesa robusta é um complemento de uma política externa pacífica".
Amorim explicou que a Defesa brasileira tem sempre o objetivo da paz e que, além do caráter dissuasório, é necessária para a proteção dos recursos naturais do país. Amorim lembrou também os avanços da indústria de Defesa nacional. "Há algum tempo, o Brasil deixou de ser somente mero comprador de equipamentos e passou a atrair investimentos e tecnologia nessa área", afirmou.
Expectativa para o projeto FX2
Em relação à encomenda dos novos aviões supersônicos para a Força Aérea Brasileira, que vem recebendo o nome de FX-2, Amorim disse que há grande expectativa para a tomada de decisão, mas não revelou prazos ou fabricantes. "Não tenho bola de cristal, mas é grande a expectativa", afirmou a repórteres ao ser perguntado se a decisão seria tomada ainda neste ano.
O ministro da Defesa falou também sobre os investimentos na área que foram feitos no Rio. "Importante fazer esse evento em uma cidade e num Estado que são foco de grandes investimentos em tecnologia de Defesa, como o estaleiro que vai construir o submarino brasileiro à propulsão nuclear", complementou.
A solenidade contou ainda com a presença de ministros de Defesa de mais de 10 países, entre eles Reino Unido, Bélgica, Argentina, Chile, Angola e Ucrânia.