Técnicos militares brasileiros visitaram a Rússia recentemente com o objetivo de finalizar os requisitos logísticos e industriais do Brasil para adquirir três baterias antiaéreas móveis Pantsir-S1 e duas baterias MANPADS de curto alcance Igla. Segundo o Ministério da Defesa (MD), o total da transação, envolvendo as cinco baterias e a logística, ficará em R$ 2,562 bilhões.
As três baterias Pantsir-S1 custarão R$ 1,8 bilhão, e as duas baterias Igla, de baixa altura (até 3 km), sairão por aproximadamente R$ 42 milhões (renovando o atual estoque existente dessas armas no EB).
A proposta final deverá ser apresentada ao governo brasileiro formalmente até fevereiro de 2015. A previsão é de que os equipamentos não cheguem a tempo das Olimpíadas de 2016, segundo a pasta. Cada bateria Pantsir-S1 é formada por até seis veículos 8x8 equipados com dois canhões e doze lançadores de mísseis cada um, além de unidades complementares empregadas como posto de controle, remuniciadores, manutenção (mecânica e eletrônica) e sobressalentes, dentre outros.
Contrato de compra governo-a-governo
O contrato para a compra de três baterias Pantsir-S1 deverá ser assinado até julho de 2015, segundo informações veiculadas pelo MD.
O general-de-brigada João Chalella Júnior, comandante da Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro, também acumula a função de diretor do Projeto Estratégico do Exército Defesa Antiaérea. Segundo Chalela, o plano é distribuir uma bateria para o Exército em Brasília, para proteger o Palácio do Planalto e órgãos administrativos federais, além de defender o Forte Santa Bárbara, que abriga os grupos de lançadores de mísseis e foguetes Astros 2020.
Outra bateria, entregue a Força Aérea Brasileira (FAB), será posicionada para defender o complexo industrial de São José dos Campos (SP), onde estão importantes fábricas dos setores de Defesa e Aeroespacial como a Embraer, encarregada da construção e montagem final do Gripen, o novo caça da FAB.
Já a terceira bateria, pertencente à Marinha, será posicionada no estado do Rio de Janeiro, para defender a Base de Submarinos e Estaleiro Naval em Itaguaí, local onde estão sendo fabricados os novos submarinos S-BR e o futuro SN-BR de propulsão nuclear.
Imágenes: KBP y Gino Marcomini