Desenvolvimento do A-Darter 90 concluído
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Desenvolvimento do A-Darter 90 concluído

150203 A Darter misil  Brasil Roberto Caiafa
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As empresas brasileiras Mectron, Avibrás e Optoeletrônica, através de tecnologia transferida pela Denel, da África do Sul, iniciaram em 2006 uma parceria que culminou no projeto e desenvolvimento binacional de um míssil de 4ª geração usando tecnologia de matriz ativa, o A-Darter, uma arma a ser usada nos caças Gripen NG e F-5 EM da Força Aérea Brasileira (FAB).

A África do Sul, uma nação com experiência no desenvolvimento de mísseis desde a década de 60, buscou a parceria por conta da complexidade do projeto, e o papel dos técnicos e engenheiros brasileiros não foi apenas aprender com os sul-africanos, de fato, os algoritmos de programação dos sistemas do míssil, por exemplo, foram desenvolvidos por um engenheiro militar da FAB. Todas as etapas do trabalho realizadas na África do Sul foram repetidas por uma "equipe-espelho" no Brasil. Dos trezentos milhões de reais investidos até agora, metade veio diretamente de empresas brasileiras, viabilizando assim a transferência de conhecimento para o parque industrial nacional.

O míssil tem capacidade para atacar seu perseguidor

Com 2,98 metros de comprimento e 90 kg de peso, (alcance entre 12 a 15 km), o novo míssil se destaca pela fuselagem limpa, sem as asas usadas normalmente para realizar manobras. No lugar delas, o modelo tem capacidade de direcionar o empuxo do seu motor foguete (thrust vectored), alcançando até 100 vezes a força da gravidade (super manobrabilidade).

Os caças de combate mais modernos na atualidade não passam de 9g. Guiado por calor, o A-Darter terá um sistema de guiagem tão sensível que poderá, logo após o lançamento, fazer uma curva fechada e atingir alvos que estejam perseguindo o avião lançador. Hoje, os modelos de quarta geração existentes conseguem atingir alvos que estejam, no máximo, ao lado do avião lançador. O sensor de guiamento também consegue "enxergar" em mais de uma frequência de infravermelho (matriz ativa), evitando ser enganado por flares (iscas incandescentes lançadas para confundir os mísseis).

Segundo o Alto Comando da Força Aérea Brasileira, o A-Darter está “90% pronto”, faltando concluir pequenos ajustes e iniciar sua certificação. Em 2016, o produto estará pronto para fabricação e disponível para exportação.

Foto: Roberto Caiafa / Infodefensa.com



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