A Marinha brasileira melhora o desempenho de suas aeronaves AF-1 e C-1A Trader

Comprados da Real Força Aérea do Kuwait, os 23 jatos McDonell Douglas A-4KKU Skyhawk destinados a operarem a bordo no NAeL Minas Gerais e, posteriormente, do NAe São Paulo, decretaram a recuperação da Aviação de Asas Fixas na Marinha do Brasil. Sua folha de serviço, no entanto, foi marcada por altos e baixos operacionais em 15 anos. Na atualidade, 12 células estão dentro do escopo de um contrato de modernização efetuado nas instalações da Embraer Defesa & Segurança em Gavião Peixoto.

O primeiro jato modificado deverá ser entregue ao Esquadrão VF-1 ainda no ano de 2015, em São Pedro da Aldeia. Os trabalhos incluem completa revitalização das células, modificações estruturais, substituição de toda a aviônica obsoleta por sistemas digitais atualizados, um radar multimodo, comunicações digitalizadas e armamento inteligente como mísseis antinavio e mísseis ar-ar para autodefesa. Com os cortes no Orçamento de 2015, recentemente anunciados pelo Governo Brasileiro, esse programa teve seus prazos de execução dilatados.

KC-2

O Programa CODAAR da Marinha entrou em uma nova etapa do seu desenvolvimento. A empresa contratada para realizar a modernização dos bimotores C1-A Trader, a M7 Aerospace, recebeu três células da aeronave nas suas instalações em San Antonio, Texas. Naquele local será feito o desenvolvimento e instalação dos novos sistemas de aviônica, a revisão dos sistemas hidráulico, elétrico e de combustível, instalada uma unidade de força auxiliar (APU), assim como um sistema de geração de oxigênio (OBOGS) e um sistema de controle do ambiente interno da aeronave (ECS). Os C-1A Trader serão entregues preparados para receber as configurações de evacuação aeromédica e transporte de paraquedistas.

Com o início do overhull das células, também foi apresentada a concepção do cockpit totalmente digital que vai equipar os aviões. Os novos displays vão permitir a visualização de dados primários de voo, parâmetros dos motores, apresentação da tela radar e acesso ao link de dados com estações em terra e a bordo de navios e de outras aeronaves. O voo do primeiro protótipo está previsto para ocorrer em 2018, com as entregas desse lote de três exemplares sendo concluídas até 2020.

Foto: Marinha do Brasil