O Exército Brasileiro moderniza capacidade de ataque da sua artilharia
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O Exército Brasileiro moderniza capacidade de ataque da sua artilharia

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No início de outubro de 2015, a 3ª Subchefia do Estado-Maior do Exército (3ª SCh EME/Doutrina) acompanhou o Exercício de Experimentação Doutrinária da Bateria de Busca de Alvos (Bia BA) conduzida pelo Comando Militar do Oeste (CMO).

A Bia BA está sendo implantada no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (9º GAC), sediado em Nioaque (Estado do Mato Grosso do Sul) e o exercício visou adestrar a tropa no emprego do sistema de aeronave remotamente pilotada (SARP) categoria 1 HORUS FT 100.

Projetado para ser utilizado em missões de curto alcance, realizadas por pelotões, companhias ou até batalhões, o HORUS FT 100 cumpre missões de busca de alvos para a artilharia, auxilia o deslocamento da infantaria e cavalaria, e torna-se uma ferramenta essencial em operações especiais e de contra-terrorismo, reconhecimento policial urbano ou mesmo na vigilância perimetral, sendo capaz de realizar o aerolevantamento de até 4 mil hectares por voo.

A FT Sistemas, fabricante do HORUS FT 100, foi à primeira empresa brasileira a desenvolver um SARP capaz de voar autonomamente.

Foi responsável, também, pela tecnologia de pouso e decolagem automática de SARP entregue ao Ministério da Defesa. É também a primeira fabricante nacional a exportar SARP.

Sistema Gênesis e o Tiro de Artilharia

A Fábrica de Comunicações e Eletrônica da Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil) apresentou no último dia 16 de outubro o seu novo sistema computadorizado de direção e coordenação de tiro de artilharia, denominado Gênesis, durante exercício de fogo real realizado no Campo de Tiro da Barragem em Resende (RJ). Esse sofisticado equipamento, de completo domínio tecnológico por parte da Imbel, traz a artilharia do Exército Brasileiro (EB) para o século XXI (quarta geração).

O Gênesis atende as Armas de Infantaria (morteiros), Cavalaria (autopropulsados) e Artilharia (auto-rebocados) aumentando exponencialmente a consciência situacional devido a grande velocidade na aquisição e envio de dados precisos dos alvos plotados pelos observadores avançados (OA), usando o terminal de observação e ligação (TOL), um equipamento sofisticado de grande precisão e funcionamento automatizado.

A marcação desses alvos na carta topográfica do comando da bateria e demais cálculos necessários é feita no computador tático do GAC (Co Tat/GAC), e a distribuição das ordens de fogo para as peças, através do computador portátil de direção de tiro (CPDT). Em cada obuseiro, a guarnição recebe e visualiza essas informações no terminal de visualização da peça (TVP). Tudo com elevado nível de automação, conectividade e segurança de operação, dessa forma eliminando a necessidade de complexas tabelas e cálculos manuais como realizado tradicionalmente.

O Sistema Genesis está sendo introduzido em um momento muito importante para a Artilharia do Exército Brasileiro como um todo. Para citar um exemplo, quando a entrega dos 36 VBCOAP M109 A5 BR começar, em 2016, o EB irá dispor de um obuseiro autopropulsado de 155mm capaz de entrar em posição e atirar em 45 segundos, executando nove disparos, saindo de posição para evitar os fogos de contra bateria, entrando em nova posição a pelo menos 800 metros de distância da anterior, e disparando mais nove granadas, tudo isso em apenas oito minutos e meio.

O M109 A3 de modelo mais antigo, enquanto isso, nem atirou ainda, pois precisa de 11 minutos para realizar seu primeiro tiro após entrar em posição. Essa velocidade e independência operacional é fruto de uma moderna e atualizada suíte de sensores e computadores instalados nos M109 A5 BR atualmente sendo modernizados nos EUA, formando um sistema de direção e coordenação de tiro altamente eficaz e muito rápido, desde a aquisição do alvo até a sua eliminação. Exatamente o que o Gênesis pode fazer em prol das unidades de artilharia do Exército Brasileiro.

Imagens: Centro de Doutrina do Exército Brasileiro e Roberto Caiafa



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