A segunda fase de lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) teve início.
O primeiro satélite brasileiro desse tipo deverá entrar em órbita no próximo dia 21 de março.
"O procedimento, a cargo da Arianespace, transcorreu sem maiores novidades", afirmou o gerente de engenharia e operações de satélites da Telebras, Sebastião Nascimento, que vem aconpanhando todas as atividades no Centro de Lançamento Aeroespacial de Kouru, na Guiana Francesa.
Nos próximos dias, o SGDC passará pela fase final de preparação para o lançamento ao espaço.
O equipamento será acoplado ao veículo lançador Ariane VA 236, junto a um equipamento sul-coreano que será levado no mesmo módulo.
O primeiro satélite geoestacionário do Brasil terá uso civil e militar.
O equipamento deve ampliar a oferta de banda larga em todo o território nacional, principalmente em regiões remotas do País, e garantir a segurança das comunicações na área de defesa.
O SGDC vai operar nas bandas X e Ka. A primeira é uma faixa de frequência destinada exclusivamente ao uso militar, correspondendo a 30% da capacidade total do satélite. Já a banda Ka, que representa 70%, será usada para ampliar a oferta de banda larga pela Telebras.
Parceria
O Satélite Geoestacionário é uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério da Defesa e conta com investimentos no valor de R$ 2,1 bilhões.
O processo de construção e lançamento do SGDC também envolve engenheiros e especialistas da Telebras e da Agência Espacial Brasileira (AEB), além da empresa Visiona.
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o equipamento ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. Ele será operado por dois centros de controle, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Também estão sendo entregues outros cinco gateways (estações terrestres com equipamentos que fazem o tráfego de dados do satélite) instalados nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis (SC), Campo Grande (MS) e Salvador (BA).
Imagens: Roberto Caiafa