Brasil endurece suas defesas na fronteira

(Infodefensa.com) R. Caiafa, São Gabriel da Cachoeira, Amazônia - Situada na crítica região conhecida como “cabeça do cachorro”, compreendendo as fronteiras territoriais de Brasil, Peru e Colômbia, a cidade foi transformada em base pelos militares brasileiros. A Operação Àgata, iniciada no dia 5 de agosto, ocorre na região dos municípios de Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira, áreas de fronteira do Amazonas. Participam das ações três mil e quinhentos militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. O objetivo é intensificar o combate ao tráfico de drogas, ao contrabando e descaminho de armas e munições, à extração de minerais e madeiras de forma ilegal, ao tráfico de animais silvestres e à biopirataria.

Apoio Aéreo: Essencial na Amazônia

Na tarde da última quarta feira (14 de agosto), quatro aeronaves A-29 Super Tucano, cada uma configurada com dois tanques alijáveis de combustível e duas bombas BFAG 230 (230 kg) nos cabides sob as asas, mais duas metralhadoras .50 internas, efetuaram um ataque tendo como alvo pista de pouso clandestina situada a aproximadamente 68 km a noroeste da cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM). O ataque aéreo foi precedido pelo emprego de forças da Polícia Federal e outras agências governamentais, e tropas do Exército e da Força Aérea que fizeram o levantamento de toda a região, além de assegurar o isolamento da área a ser bombardeada. A pista possuía 1.400 metros de comprimento e 15 de largura, o suficiente para receber pequenas aeronaves. Oito bombas de 230 kg foram utilizadas para a chamada interdição do aeródromo, ou seja, tornar impossível o seu uso. Os caças A-29 do 1º/3º Grupo de Aviação (GAV), Esquadrão Escorpião, fizeram o ataque com o uso de seus computadores de bordo, assim o piloto pode visualizar com precisão o local de impacto das bombas.

São Gabriel da Cachoeira: Suporte Logístico da Operação Àgata

O Destacamento de Aeronáutica de São Gabriel da Cachoeira (DASG), localizado a aproximadamente mil quilômetros de Manaus, capital do estado do Amazonas, tem por objetivo apoiar as unidades aéreas deslocadas para o município e, durante a Operação Ágata, recebe o maior número de aeronaves envolvidas em missões, além de fornecer apoio logístico, administrativo e de segurança. Cerca de 200 militares do efetivo da Aeronáutica trabalham nas áreas médica, logística, de inteligência e operacional. O pessoal de rancho, aeromédico e de apoio de pista foi enviado de outras unidades da FAB baseadas em Manaus e permanecerão desdobrados na cidade até o fim das operações.

Fotos: Agência Força Aérea/FAB, R. Caiafa