A Força Aérea Brasileira recebe terceira P-3 AM Orion
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A Força Aérea Brasileira recebe terceira P-3 AM Orion

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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Sao Paulo – A terceira aeronave Lockheed P-3AM Orion da FAB foi entregue em meados de fevereiro na Base Aérea de Salvador, sede do Esquadrão Urugan (1º/7º GAv). O avião tem a matrícula 7200 e soma-se aos 7201 e 7203, entregues no ano de 2011. O Brasil, como responsável pelo controle, monitoramento, busca e resgate de sinistros marítimos e aéreos na FIR Atlântico, área que compreende quase todo o atlântico sul, necessitava de novas capacidades no setor de patrulha e vigilância a partir do ar. O vetusto Embraer P-95 Bandeirulha, bimotor leve, apresentava pequeno alcance e suíte de sensores relativamente rudimentar.

O apoio ocasional de aeronaves de transporte C-130 Hércules ou EADS CASA C-105 Amazonas resolveu a questão do alcance, mas sem o apoio de aeronaves do tipo Embraer E-99 Guardião e seus avançados sensores do tipo SAR (radar de abertura sintética), estes vetores só podiam operar visual e com bom tempo. Ademais, nem sempre os E-99 estão disponíveis para apoiar missões de busca e resgate.

Ciente destes problemas, a Força Aérea Brasileira decidiu adquirir um avião de grande porte, quadrimotor, de longo alcance e equipado com o estado da arte em sensores e armas de guerra antisubmarino (uma capacidade ausente da FAB desde 1996) e esclarecimento marítimo. Era chegada a hora dos Lockheed P-3AM assumirem a função.

Comprados dos estoques da US Navy, as 12 células da versão P-3A, oito operacionais, três desmontadas para fornecerem peças e uma configurada como aeronave escola de treinamento de tripulações, foram trasladadas para Getafe, Espanha, onde a EADS CASA executou um completo retrofit estrutural na frota, troca dos motores Alisson por outros do mesmo tipo, mas de uma versão mais potente e atual, e a instalação do avançado sistema FITS (Fully Integrated Tactical System), sendo que o primeiro vôo da nova configuração ocorreu em 2009. De acordo com a EADS CASA, o FITS é um sistema modular que integra os modernos sensores da aeronave com os sistemas de comunicações, navegação, armas e autoproteção.

Esse sistema tático de missão trabalha com um processador de gerenciamento de dados táticos, que controla em tempo real os processos e interfaces dos sensores e do sistema de navegação. A suíte eletrônica de missão do P-3AM é composta por radares de vigilância dotados de funções SAR (Radar de Abertura Sintética), ISAR (Radar de Abertura Sintética Inversa) e MTI (Indicador de Alvos Móveis), bem como por um FLIR (torre móvel giroestabilizada constituída de sensores infravermelhos e eletro-ópticos de longo alcance), ESM/MAD, sistemas de inteligência eletrônica e de sinais (Elint/ Comint), um sofisticado sistema de detecção das condições físicas da superfície do mar e equipamentos de comunicação, como IFF (Indicador de Amigo/Inimigo), data link e receptor AIS (Sistema de Identificação Automática) para localização e identificação de embarcações e receptor de sinais de sonoboias.

Os seis consoles operacionais do P-3AM são universais e reconfiguráveis por software. Cada um deles possui processador próprio idêntico ao processador tático principal, monitor colorido de cristal líquido de 20 polegadas de alta resolução, duas telas touch screen, um teclado e uma trackball. Além desses periféricos, há a tela de apresentação da situação tática para o piloto, o módulo de gerenciamento de armamentos e sonoboias, entre outros. O sistema conta com uma interface homem-máquina intuitiva e flexível, e arquitetura de sistema aberto que possibilita o uso de equipamentos comerciais (COTS). A arquitetura de hardware do FITS usa processadores de 64 bits, sistema operacional UNIX e VxWorks, utizando o X-Windows, X-Motif e programação em C++.

O nove aviões P-3AM serão usados preferencialmente em missões de patrulha marítima incluindo a ZEE (Zona Econômica Exclusiva) do Brasil, proteção de fronteiras, combate ao narcotráfico na região Amazônica e missões de busca e salvamento (SAR) em uma área de mais de 6 milhões de km2, conforme acordos assinados entre a ICAO-OIAC e o governo brasileiro.



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