César Kuberek, Thales America Latina: Elegemos a Omnisys como a base industrial Thales no Brasil
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César Kuberek, Thales America Latina: Elegemos a Omnisys como a base industrial Thales no Brasil

Kuberek ThalesBrasil
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(Infodefensa.com) R. Caiafa, París - Uma série de empresas brasileiras, em associação com grandes grupos internacionais, vem somando esforços para atender aos requisitos do complexo planejamento de Defesa de governo. A Thales, importante grupo industrial francês com mais de quarenta anos de atuação no continente sul-americano, instituiu em 2011 uma sólida parceria com o grupo empresarial brasileiro Andrade Gutierrez, de modo a atender as necessidades dos programas estratégicos em curso como o SISGAAZ (Vigilância da Amazônia Azul), o SISFRON (Vigilância de Fronteiras), o FX-2 (escolha do novo vetor de combate da Força Aérea Brasileira), o Prosuper (novos navios escoltas, patrulhas oceânicos e navios logísticos), as demandas que envolvem os grandes eventos como a Copa do Mundo FIFA 2014 e as Olimpíadas de 2016, dentre outros.

A Thales também adquiriu na sua totalidade, neste mesmo ano, a empresa brasileira de alta tecnologia Omnisys, comprovando assim que veio para ficar. Infodefensa conversou em Paris durante Eurosatory 2012, mais importante feira do segmento terrestre de defesa, com o vice presidente da Thales para a América Latina, o argentino César Kuberek, e diretores regionais de alguns países sulamericanos.

Kuberek acredita que o Brasil é "uma oportunidade muito importante industrial", tanto que "optámos por Thales Omnisys como base industrial no país”.

Sobre a presença da empresa no Brasil, o executivo declarou “esta é uma ótima oportunidade para reunirmos nosso pessoal e promovermos nossas capacidades na área de defesa e segurança. Eurosatory é um evento focado no mercado de defesa, mas encontramos aqui ótimas oportunidades para mostrar nossas competências na área de segurança, pois na atualidade estes são mercados que se complementam em muitos momentos, já que utilizamos muitas tecnologias duais, desenvolvidas inicialmente para uso militar e que depois migram para o meio civil, como por exemplo, nossas tecnologias de C4I (comando, controle, comunicações, computação e inteligencia)”.

Falando especificamente do Brasil, os programas em curso envolvem a necessidade de integração com outros países sul-americanos. “Se considerarmos a grande extensão da fronteira terrestre brasileira, isso para citar o SISFRON como exemplo, veremos que os problemas que o governo brasileiro enfrenta nesta aérea são muito semelhantes, senão idênticos, aos dos seus vizinhos”, segundo Kuberek, “o tráfico de drogas, evasão de recursos naturais, o contrabando, a presença de grupos armados que atuam na ilegalidade e outros males requerem uma linha de ação que não pode ser única, mas compartida entre todos, especialmente na região amazónica”.

Saindo na frente, o governo brasileiro identificou a necessidade de modernizar alguns recursos já existentes e adquirir outros, tendo como base a transferência de tecnologias e a fabricação local de diversos sistemas e componentes, tudo objetivando expandir a sua indústria de defesa e assegurar melhores níveis de proteção efetiva de seu imenso território.

“Para nós, esta é uma oportunidade industrial muito importante, pois possuímos as capacidades requeridas pelos brasileiros, sabemos como fazer e estamos preparados para trabalhar lado a lado, tanto que elegemos a Omnisys como a base industrial Thales no País”, explica o executivo.

Indo além, “entendemos que existe um enorme potencial de exportação destes produtos e serviços para outras nações do continente, portanto nossa presença no Brasil não se limita a execução destes programas, estamos aqui para trabalhar lado a lado por um longo prazo, identificando carências e integrando as soluções necessárias, talhadas sob medida para cada cliente, tanto desenvolvidas por nós na sua totalidade como trabalhando em conjunto com outros grandes grupos empresariais escolhidos pelo governo brasileiro”, continua Kuberek.

O Brasil hoje está reconhecidamente em uma posição de liderança nas relações políticas entre os países sul-americanos, projetando sua influência até mesmo além mar no continente africano. A visão brasileira, baseada em uma postura não expansionista, busca a proteção mútua e isso é amplamente reconhecido pelos países da região. Cada nação tem a liberdade de escolher seus parceiros estratégicos e seus fornecedores de material de defesa. O caminho para se integrar estas capacidades está sendo claramente demonstrado pelo Brasil, que hoje possui uma forte parceria com a França, por exemplo, mas também adquire material e tecnologias de origem estadunidense, inglesa, alemã, etc.

O que o Brasil possui hoje e que o coloca na vanguarda tecnológica do continente é a capacidade de “saber fazer”. “Para nós, a Omnisys tem sido fundamental neste processo, pois a Thales está capacitando seus pessoal não só entender as tecnologias e como utilizá-las, mas também como saber fazer. A empresa já fornece radares de banda L para o mercado mundial, sendo considerada um centro internacional de excelência em P&D e responsável pela transferência de tecnologia prevista para grandes programas a serem lançados no Brasil nos próximos anos”, explica Kuberek.

A Omnisys tem atuado lado a lado com grandes centros de pesquisas acadêmicos brasileiros em projetos como antenas de radares, equipamentos transmissores e receptores, microondas, servomecanismos, sensor de estrelas, guerra eletrônica ou mesmo subsistemas de satélites, dentre outras dezenas de atividades que envolvem avançadas tecnologías.

“Nossa forma de integrar é aberta, pois não estamos sozinhos no mundo. Integramos elementos de comunicação e centros de controle, por exemplo, nosso sistema tático de intercomunicação digital Sotas está presente em veículos militares de diferentes nacionalidades conectando rádios e outros recursos produzidos por outras empresas, com total confiabilidade e resistência. Se lançarmos um olhar sobre a questão de infra-estruturas críticas a Thales também oferece sistemas de controle e gestão de segurança pública utilizados para proteção da indústria de óleo e gás e outros setores econômicos estratégicos”, disse Kuberek.

O sistema em parceria com empresas mexicanas para a vigilância da Cidade do México é tido como o maior do mundo na atualidade. Thales oferece soluções de controle de tráfego aéreo, de comunicações, de segurança de aeroportos e estádios, de segurança de grandes áreas urbanas, de sinalização e controle de sistemas ferroviários, dentre outras demandas, todas construídas passo a passo com as necessidades do cliente.

Como indústria, “a Thales é hoje uma empresa das mais capazes no mundo na implementação de soluções integradas de defesa e seguridade. Exatamente por isso, entendemos claramente as necessidades brasileiras de curto, médio e longo prazo em todas estas áreas citadas e em muitas outras. Estamos no campo de batalha com sistemas de comando e controle, comunicações, direção de artilharia, armamentos de infantaria sofisticados, optrônicos e sensores dos mais variados, aeronaves remotamente pilotadas e no apoio logístico das tropas, de forma eficiente e flexível, de acordo com os requisitos customizados pelo cliente. Para nós da Thales, esta é a melhor forma de definir nossas múltiplas capacidades: saber fazer”, concluiu.



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