É provável que uma decisão sobre o blindado VBM-LR seja tomada ainda no ano de 2014
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É provável que uma decisão sobre o blindado VBM-LR seja tomada ainda no ano de 2014

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(Infodefensa.com) Roberto Caiafa, São Paulo – A Avibras Aeroespacial, Empresa Estratégica de Defesa brasileira, uma das expoentes desse mercado no continente sul-americano, alinha entre seus produtos mais conhecidos o sistema de artilharia de saturação por foguetes Astros, atualmente na versão 2020. Entre outras tecnologias, a Avibras produz motores de mísseis (sólido) com amplo domínio sobre os componentes químicos, foguetes, ogivas, produtos voltados para o comando e controle, e integra uma miríade de modernos sistemas militares como UAVS (VANT) e mísseis de cruzeiro táticos. Mas a empresa brasileira fez três anúncios surpreendentes a partir da Eurosatory 2014. O primeiro, a parceria com a Nexter francesa, visando à promoção de uma versão BR do obuseiro sobre rodas 6x6 de 155 mm CAESAR (segundo requisitos colocados pela Força Terrestre no Programa RECOP), o segundo, a entrega para avaliação do blindado 4x4 Tupi (Sherpa Light Scout), participante em uma concorrência aberta e ainda em curso no CAEx (Centro de Avaliações do Exército Brasileiro) visando à escolha de uma Viatura Blindada Multitarefa Leve de Rodas (VBM-LR). Por fim, e mais recentemente, a Avibras anunciou uma nova parceria com a MBDA, gigante europeia do setor de mísseis, para o desenvolvimento de um sistema de mísseis terra-ar lançados verticalmente (rampa), e montados sobre rodas, e seus sistemas de aquisição de alvo e guiamento de mísseis.

Boatos

Ao mesmo tempo, intensos rumores indicavam que a Avibras estaria sendo adquirida pelo Grupo Odebrecht Defesa & Segurança, o que significaria uma grande reorganização do setor no Brasil, já que o Grupo Odebrecht reúne empresas como a Itaguaí Construções Navais (ICN) e Consórcio Baia de Sepetiba (CBS) (programa de Submarinos da Marinha do Brasil) mais a Mectron, focada no desenvolvimento e fabricação de produtos de alta tecnologia e sistemas complexos para usos militar (mísseis e sensores). Esse portfólio agrega expertise na construção de submarinos, mísseis ar-ar, ar-terra e ar-superfície, sistemas de comunicação como o LINK BR-2 e RDS, radares como o SC-01 Scipio que equipa o AMX modernizado, e sistemas espaciais como plataformas multimissão dotadas de painéis solares, baterias, unidades de condicionamento, transponders e antenas. Além disso, também são produzidos satélites e veículos lançadores de satélites. As sinergias entre as empresas do Grupo Odebrecht e a Avibras são evidentes. No entanto, em nota oficial divulgada pelas empresas em meados de novembro, a transação foi oficialmente desmentida, o que não quer dizer, em absoluto, que não venha a acontecer no futuro.

Mercado

Na atualidade, a Avibras encontra-se muito bem posicionada no caso da concorrência VBM-LR do Exército Brasileiro, a maioria dos analistas apostando suas fichas na vitória desse blindado frente seu principal concorrente, o LMV da IVECO Veículos de Defesa. No entanto, o Exército Brasileiro ainda não divulgou nenhuma informação oficial acerca do vencedor. As duas propostas apresentam veículos que cumprem as especificações do Exército com sobras, e oferecem uma capacidade industrial inicial importante em termos de nacionalização de componentes e geração de empregos no Brasil. A Avibras possui quatro unidades industriais recentemente remodeladas, no interior de São Paulo, e a Iveco Veículos de Defesa opera moderna planta industrial (onde já produz o Guarani) na cidade de Sete Lagoas, Minas Gerais. Segundo fontes próximas ao programa ouvidas por Infodefensa, é desejável que uma decisão sobre o contrato seja tomada ainda no ano de 2014, visando à entrega dos primeiros exemplares ao final do primeiro semestre de 2015, época em que o Brasil deverá embarcar seu primeiro contingente de tropas dos Fuzileiros Navais e do Exército para cumprirem Missão de Paz no Líbano.

Fotos: Avibras y Roberto Caiafa / Infodefensa.com



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