Brasil vai pagar 245 milhões dólar para Saab por mísseis para o Gripen
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Brasil vai pagar 245 milhões dólar para Saab por mísseis para o Gripen

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A Saab, em conjunto com o Ministério de Defesa do Brasil, divulgou na última sexta-feira (24) a assinatura de um contrato de armas para o caça Gripen NG adquirido pela Força Aérea Brasileira, avaliado em aproximadamente US$ 245,325 milhões (o extrato de dispensa de licitação foi publicado no Diário Oficial da União). Segundo a FAB, esse acordo versa sobre mísseis ar-ar (combate aéreo) e ar-terra (ataque ao solo) dentro de um pacote que inclui o suporte logístico integrado do armamento durante seu ciclo de vida em serviço.

Em outubro de 2014, o grupo sueco finalizou o contrato de venda de 36 exemplares com o governo brasileiro no valor de 39,3 bilhões de coroas suecas, sendo 28 Gripen NG monoplaces e mais oito biplaces de treinamento. Tanto a Aeronáutica quanto a Saab não divulgaram a quantidade ou quais foram os mísseis adquiridos (termo de confidencialidade). Segundo a Aeronáutica, isso ocorre por questões estratégicas militares. A efetividade do contrato de aquisição de armas, de acordo com a Saab, ocorrerá mediante certas condições, que incluem autorizações relativas ao controle de exportação do armamento sueco, algo a ser concluído no segundo semestre de 2015.

A-Darter

Integrado aos Gripen CD da África do Sul recentemente, o A-Darter será o míssil de 5ª geração do Gripen NG na FAB. De projeto avançado, é resultado de uma cooperação binacional Brasil & África do Sul. Esse armamento emprega duas tecnologias decisivas em sua fabricação. Mísseis guiados por calor antigos podem ser facilmente enganados por flares, iscas defensivas que oferecem uma fonte de calor tão atrativa quanto a tubeira quente (exaustor) de um caça. A tecnologia de Matriz Ativa evita esse tipo de contramedida ao combinar o rastreio do calor com a confirmação do contorno (forma) do alvo, de acordo com um banco de dados na memória do seeker. O computador de bordo “enxerga” com grande definição, ignorando contramedidas como os flares.

Além dessa capacidade, o A-Darter possui a vetoração de empuxo, um conjunto de quatro aletas aerodinâmicas montadas na saída dos gases de exaustão do seu motor foguete de propelente sólido. Trabalhando em conjunto, essas aletas permitem ao A-Darter manobrar acima de 60 g ou mais, e realizar curvas “virando a esquina” para atingir alvos a retaguarda da aeronave lançadora ou fora da sua linha de visada, designados pelo capacete com mira (HMD) do piloto. O A-Darter amplia assim a lista de armas off-boresight entre os mísseis WVR da FAB. A Força não divulgou qual será o míssil BVR (longo alcance) a ser usado pelo Gripen NG. Os candidatos mais comentados são o Ramjet Meteor, da MBDA, o Derby, da Rafael (já empregado nos F-5EM e comparativamente com menor alcance), e o Marlin da Denel, empresa sul-africana parceira da Mectron no desenvolvimento do A-Darter.

Foto: Roberto Caiafa



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