As armas do Gripen NG BR reveladas
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As armas do Gripen NG BR reveladas

Gripen NG Mock up1
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Neste domingo (09/8), o portal brasileiro de notícias G1, das Organizações Globo, publicou artigo da jornalista Tahiane Stochero detalhando o primeiro contrato de compra de armamentos destinados aos jatos Gripen NG BR encomendados pela Força Aérea Brasileira (FAB) a sueca Saab.

Os dados obtidos pela reportagem sobre o tipo de armamento adquirido pelo Brasil constam em um inquérito do Ministério Público Federal que apura o valor pago pelos jatos Gripen NG, que ainda estão em desenvolvimento.

A previsão é de que as aeronaves comecem a chegar ao país a partir de 2019, junto com o armamento. Segundo a publicação, mesmo levando-se em conta aspectos de confidencialidade que regem esse tipo de negócio, o documento, obtido de forma legal, revela algumas tendências dentro da FAB, uma delas, a continuidade na aquisição de armamentos e sistemas “inteligentes” de origem israelense, os mesmos empregados pelos Embraer Defesa & Segurança A-29 Super Tucano e A-1A/M AMX, e caças Northrop F-5EM/FM.

De fato, toda a aviônica dessas aeronaves, um desenvolvimento nacional de 4ª geração liderado pela AEL Sistemas, de Porto Alegre (RS), tem como DNA de origem tecnologia israelense adquirida da Elbit Systems, e também da IAI, Rafael, etc.

Com a parceria de Israel, a FAB modernizou sua frota, reduziu o gap tecnológico, tornou-se capaz de lançar armamentos inteligentes, implementou uma nova cadeia logística de grande agilidade, sendo capaz de operar com letalidade no ambiente BVR e NCW unindo as capacidades citadas

Outra tendência verificada é que a FAB ainda não tomou nenhuma decisão sobre qual será o míssil de combate aéreo para a arena BVR (além do alcance visual) a equipar o Gripen NG BR. Na LAAD 2015, o míssil BVR ramjet Meteor, da MBDA, foi exibido montado no mock-up do modelo, no estande da Saab, indicando uma clara preferência da FAB por aquele sistema de armas, já integrado ao Gripen e capaz de maximizar o desempenho dos sensores de bordo do caça ao permitir um alcance comprovado de mais de 100 km utilizando a tecnologia de propulsão mista ramjet.

No entanto, tratase de um armamento com valor de aquisição diferenciado de outras ofertas existentes no mercado. E os israelenses da Rafael, ao anunciarem uma nova versão de alcance extendido do seu míssil BVR Derby durante o Paris Air Show 2015, colocaram um novo vetor sobre a mesa de negociações, uma arma já conhecida pela FAB e responsável por introduzir a Força na arena do combate aéreo de longa distância, só que agora, com mais alcance e novas habilidades

A lista de compras

Segundo o portal G1, a FAB, ao custo de 245.325 milhões de dólares (cerca de R$ 869 milhões), vai receber 50 mísseis e bombas israelenses de alta tecnologia, e 14 unidades de sistemas táticos de captação de informações de reconhecimento, além de mísseis de combate aéreo próximo de duas procedências. No setor das bombas inteligentes, 20 kits da Rafael Spice 1000, e outros 30 exemplares da Rafael Spice 250 serão entregues, essas armas sendo usadas em conjunto com os novos pods de designação de alvos Litening G4 (10 exemplares), e de navegação econhecimento Reccelite 2 (4 unidades).

Esse equipamento, na sua geração anterior, já é empregado com grande sucesso pelos A-1A/B/M AMX em missões de ataque stand-off (longa distancia) empregando bombas guiadas LGB, portanto a FAB conhece bem suas capacidades diuturnas sob quaisquer condições climáticas, podendo atingir alvos bem defendidos sem sobrevoá-los diretamente, evitando se expor as defesas antiaéreas do inimigo.

A FAB também encomendou 10 unidades operacionais e 8 de treinamento do míssil A-Darter, que o Brasil está desenvolvendo de forma conjunta com a África do Sul (capaz de atingir alvos se aproximando por trás do avião lançador - off-boresight all aspect), e 10 unidades operacionais mais 20 para treinamento, do míssil alemão de curto alcance IRIS-T, da Diehl Defence, que possui capacidade de contra-contramedidas eletrônicas e desempenho excepcional. A compra do IRIS-T pela FAB poderia sinalizar o caminho para a escolha do novo míssil de defesa antiaérea de média altura, hora em desenvolvimento pelo Exército Brasileiro (PEE Defesa Antiaérea). Assim como o CAMM, da MBDA, selecionado pela Marinha do Brasil na versão Sea Ceptor para emprego nas corvetas da classe Tamandaré, o IRIS-T SL (Surface Launched) é um armamento de lançamento a frio, sendo ejetado do seu tubo por cargas pirotécnicas antes de ignitar seu booster/motor de combustível sólido.

Imagens: Força Aérea Brasileira, Roberto Caiafa, Saab, Denel, Diehl



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