Brasil vai substituir a classe Barroso com a classe Tamandaré
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Brasil vai substituir a classe Barroso com a classe Tamandaré

A Corveta V-34 Barroso. Fotos: Roberto Caiafa
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Lançada ao mar em 2008, a Corveta V-34 Barroso foi concluída após 14 anos de construção, iniciada em 1994 no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.

Esse longo prazo deveu-se, entre outros motivos, a crise orçamentária sofrida pela Marinha do Brasil nos anos de 1990.

Uma pequena mas poderosa corveta

Concebida em torno do Sistema Nacional de Controle Tático e Armas SICONTA Mk III, o navio tem 103,4 metros de cumprimento (boca máxima de 11,4 metros), calado de 6,20 metros e desloca carregada 2.600 toneladas. Sua tripulação é formada por 145/160 militares.

O sistema de propulsão é do tipo CODOG (combined diesel or gás), composto por dois motores navais MTU 1163 TB 93 (perfazendo 16.000 HP), e uma turbina a gás GE LM 2.500 (29.500 HP).

A velocidade máxima de cada sistema é de 30 nós para a turbina e 22 nós para os motores diesel.

Com uma velocidade constante de patrulha de 12 nós, o raio de alcance é de 4.000 milhas náuticas (autonomia de 30 dias no mar).

A energia elétrica usada a bordo é proporcionada por quatro motores MTU 8V 396 TE 54 e quatro geradores Siemens de 650 KW.

Entre outras tecnologias, a Barroso possui um Sistema de Controle e Monitoração (SCM); um Subsistema de Controle e Monitoração de Propulsão e Auxiliares (SCMPA) e um Subsistema de Controle de Avarias (SCAv), todos nacionais.

Os principais sensores do navio são um radar de busca combinada RAN-20S, um radar de superfície THERMA SCANTER, um radar de direção de tiro RTN-30X e um radar de navegação Furuno FR 8252.

O Sistema de Guerra Eletrônica ou MAGE, conhecido como DEFENSOR, é outro importante recurso da Corveta fabricado no Brasil.

O sonar de casco é o confiável EDO-997 C, e o sistema de navegação inercial SIGMA 40 INS é fornecido pela SAGEM.

A Barroso está armada com um canhão 4.5” Vickers Mk-8 de duplo emprego (proa); um canhão 40mm Mk-3 BOFORS Trinity antimíssil e dispõe de mísseis Exocet ITL-70A (MM40 Block 1 / Block 2) montados em reparos a meia-nau.

Para a guerra ASW, o navio possui lançadores de torpedos Mk.46 do tipo MOD.400, fabricados no Brasil. Para a sua autodefesa, a corveta utiliza um sistema despistador de mísseis (SLDM) capaz de espalhar nuvens de chaff (decoys).

Para auxiliar na aquisição e designação de alvos na superfície e aéreos, também está disponível uma alça optrônica EOS-400-10B (SAAB), usada em conjunto com o Trinity, e uma alça optica com computador de tiro de emergência, essa de fabricação nacional.

Um conceito em evolução

A Corveta “Barroso” é uma evolução das corvetas da classe “Inhaúma”. Conserva o mesmo conceito de emprego atribuído às corvetas anteriores, porém com maior capacidade de compilação do quadro tático.

Foi concebida para defender áreas próximas e afastadas do litoral, atuando em conjunto com outras unidades de superfície ou aéreas, em ambiente de múltiplas ameaças, com ênfase para o emprego em missões de escolta a forças navais e comboios, em áreas em que as ameaças aérea ou submarina sejam preponderantes.

Tanto a configuração do armamento, quanto a dos sensores, foram modificadas em relação às corvetas da classe “Inhaúma”.

As boas características de discrição e manobrabilidade foram realçadas no projeto.

O armamento é considerado adequado a um navio do seu porte.

Oferece facilidades de hangar e capacidade para operar um helicóptero Super Lynx AH-11B ou SH-16 Sea Hawk.

Enquanto o primeiro usa o Sea Skua como míssil ar-superfície, o segundo utiliza o Penguin MKIII. Ambos podem lançar torpedos MK-46Mod5 e cargas de profundidade MK.9.

O Futuro

No momento, a Marinha brasileira estuda substituir a Classe Barroso por uma série de pelo menos cinco navios da Classe Tamandaré (a serem construídos no Brasil).

A Barroso não é um navio tecnologicamente avançado, em termos de sensores e capacidades da moderna guerra naval.

No entanto, seu projeto corrigiu inúmeros problemas verificados nas unidades da Classe Inhaúma e preparou o caminho para a criação de uma moderna força de corvetas, atualmente em gestação.

Galeria de Imagens Corveta V-34 Barroso (clique aqui)

Imagens: Roberto Caiafa



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