Santa Fe promete apoio do ministério à construção do reator multipropósito brasileiro
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Santa Fe promete apoio do ministério à construção do reator multipropósito brasileiro

Vista aérea das instalações do RMB em Iperó, SP. Imagem: CNEN
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O secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), Elton Santa Fé Zacarias, garantiu todo apoio à construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB).

A declaração foi feita na solenidade de assinatura do acordo de cooperação técnica entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) para o desenvolvimento do projeto detalhado do RMB.

“Estamos confiantes na capacidade técnica da Amazul e da Marinha do Brasil para tirar do papel grandes projetos como o navio oceanográfico, o satélite geoestacionário e o superlaboratório Sirius. Faltava o RMB e por isso tenho muito orgulho de participar deste momento”, acrescentou.

O reator nuclear, cujo desenvolvimento será conduzido pela Cnen, dará ao Brasil autossuficiência na produção de radioisótopos usados na fabricação de radiofármacos para diagnóstico e tratamento de doenças como o câncer. Atualmente, o Brasil importa os insumos da Argentina, Rússia e África do Sul.

A serviço da vida

“O RMB é a tecnologia nuclear a serviço da vida”, sintetizou o professor José Augusto Perrotta, coordenador técnico do projeto na Cnen. No evento de assinatura do acordo, Perrota fez uma apresentação sobre os benefícios do projeto a autoridades civis e militares, acadêmicos e especialistas em energia nuclear.

“Para nós, o RMB tem um incalculável valor social, já que coloca a tecnologia nuclear a serviço da saúde dos brasileiros, salvando vidas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes”, afirmou Ney Zanella dos Santos, diretor-presidente da Amazul. “Além disso, promoverá uma sinergia de conhecimento com o Programa Nuclear Brasileiro”, acrescentou.

“A demanda reprimida de radioisótopos tanto na rede pública quanto na particular é muito grande e será melhor suprida quando o RMB estiver operando em sua plena capacidade”, reforçou o presidente da Cnen, Paulo Roberto Pertusi. Ele lembrou que a pesquisa a partir do RMB contribuirá também para o Programa Nuclear da Marinha e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos.

O RMB terá outras aplicações além da medicina nuclear. Ele disponibilizará tecnologias que poderão ser aplicadas na agricultura, no meio ambiente e na indústria. Essas tecnologias permitem, por exemplo, testar materiais, localizar fissuras em superfícies como asas de avião ou verificar a quantidade de agrotóxicos contida em alimentos.

Convênio com a Finep

O projeto detalhado do RMB será desenvolvido por meio de convênio com a Financiadora de Projetos (Finep), no valor de R$ 150 milhões. O empreendimento, incluindo a construção do reator, absorverá investimentos de US$ 500 milhões (R$ 1,6 bilhão a câmbio atual), recursos que virão do Tesouro Nacional.

Também participará do desenvolvimento do projeto detalhado a Invap S.E., empresa pública argentina de tecnologia e projetos, uma das responsáveis pelo projeto básico do RMB.

A Amazul, co-executora do projeto, agregará a expertise de seus empregados que há décadas participam do Programa Nuclear da Marinha, Programa Nuclear Brasileiro e Programa de Desenvolvimento de Submarinos.

O projeto básico do RMB está pronto e o empreendimento já tem a licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e licença local da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da Cnen.

O empreendimento será construído em terreno de 2 milhões de metros quadrados (cerca de 200 campos de futebol), parte cedido pela Marinha do Brasil e parte em processo de desapropriação pelo governo de São Paulo, localizado ao lado do Centro Industrial e Nuclear de Aramar, em Iperó, onde também está sendo desenvolvido o reator para o submarino nuclear brasileiro.

Imagens: CNEN/Marinha do Brasil



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