G. Papier Rafael: "O Spike ER2 é ideal para o Fennec do Brasil"
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G. Papier Rafael: "O Spike ER2 é ideal para o Fennec do Brasil"

Gal Papier.
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A empresa israelense Rafael está competindo pelo programa de modernização do sistema de armas empregado pela frota de helicópteros Fennec & Panther (Esquilo e Pantera) da Aviação do Exército Brasileiro (AvEx). Essa licitação encontra-se em seus estágios finais de avaliações antes de uma definição e compra.

Juntamente com a brasileira AKAER, a Rafael ofereceu um conjunto completo de armamento, incluindo o míssil SPIKE ER com 8 km de alcance e considerado de 4ª geração.

Agora que o míssil SPIKE ER2 encontra-se disponível, a equipe Rafael / AKAER atualizou sua proposta, oferecendo a AvEx um míssil de 5ª geração com alcance de até 16 km, permitindo o engajamento sem linha de visada direta, abrindo dessa forma uma enorme lacuna com relação aos outros mísseis e foguetes propostos.

Para falar sobre o upgrade da proposta Rafael/Akaer para a Aviação do Exército, Infodefensa falou com o senhor Gal Papier, diretor de Marketing e Desenvolvimento de Negócios na Diretoria de Sistemas Táticos de Armas de Precisão da Rafael.

Quais vantagens o Spike ER2 oferece?

O desempenho do SPIKE ER2 dentro da relação peso / alcance ״ é muito alto, permitindo que com apenas 35 kg de peso obtenha-se um alcance de até 16 km. Essa capacidade é ideal para helicópteros leves como o Fennec, por exemplo, que são limitados em sua capacidade de carga e em sua blindagem e habilidade de sobrevivência. O novo míssil permitirá o ataque a grande distância, totalmente fora da zona de perigo EAD, aumentando assim a capacidade de sobrevivência da aeronave de forma dramática. A vantagem da orientação eletro-óptica é clara em comparação com a orientação a laser de geração antiga, na qual o helicóptero precisa designar continuamente o ponto de laser no alvo em LOS (linha de visada), e dentro da área de perigo EAD, expondo o helicóptero a muitas ameaças diferentes enquanto dispara.

2- A instalação e integração do Spike ER2 aos helicópteros necessitam de intervenções complexas? É um sistema Plug and Play? A manutenção é simples?

Rafael Expert: A Rafael tem um grande legado de integração de mísseis SPIKE a helicópteros, incluindo o UH60, o Tiger, o AW129, o AW159, o AH64, o Super Cobra, o Super Puma e até o MI17.

Essa experiência, conhecimento e legado permitem reduzir o risco e simplificar o processo de integração. Além disso, a Rafael fez uma parceria com a empresa aviônica local AKAER, que esteve profundamente envolvida na antiga atualização dos helicópteros AVEX (Fennec e Panther), que também será um fator de redução de risco. A integração é bastante simples e será feita localmente em Taubaté pelas equipes da Rafael e Akaer, cujas instalações estão localizadas em São Jose Dos Campos, cidade a 40 minutos de distância. Isso permitirá apoiar continuamente o esquadrão tanto em campo quanto em manutenção. O hardware e os mísseis são de manutenção muito baixa, exigindo normalmente apenas o trabalho de técnicos com qualificação simples.

E a manutençăo?

Como mencionado anteriormente, a integração e a modernização serão todas feitas em Taubaté.

O que exatamente esta integração consiste?

A proposta da Rafael & Akaer inclui um conjunto completo de armamento baseado no sistema de armas SPIKE ER2, incluindo seu principal processador de armas (WP) conectado a 2 lançadores ultra leves com receptor RF de link de dados embutido (habilitando um link de dados bidirecional com o míssil até 16km), estes lançadores de mísseis foram projetados para helicópteros leves com peso e massa reduzida no total de menos de 30kg por lançador. Cada lançador carrega dois mísseis prontos para disparo.

Além dos mísseis, que outras opções de armas estão incluídas?

O WP também está conectado a dois miniguns 134-D opcionais, ou dois lançadores de foguetes ou dois pods de armas (7,62 mm, 12,7 mm ou 20 mm), permitindo à AVEX total flexibilidade na adaptação de missão ao armamento. Além disso, o WP é conectado a uma estação eletro-óptica (EOS) giroestabilizada de alta resolução, e também a um conjunto com dois helmet mounted displays (HMDs), permitindo que os dois pilotos visualizem a imagem gerada pelo EOS, ou a imagem do buscador Spike ou o aplicativo de mapa móvel, tudo isso enquanto as cabeças dos pilotos estão levantadas.

O sistema também facilita o treinamento?

Todos os vídeos dos disparos também são gravados por uma unidade Rafael MDVR para o esclarecimento e aprendizagem de lições pós-missão. Além disso, um link de dados exclusivo (chamado Global Link) é incorporado no helicóptero. Trata-se de um SDR (software defined radio) baseado na famosa família de datalink de banda larga Rafael BNET SDR (que é utilizado como base para o link de dados aerotransportado BR2 da Força Aérea Brasileira).

Este Data Link permite tanto o envio de áudio e vídeo de todo o sistema a mais de 40 NM para uma estação terrestre como para os outros helicópteros do esquadrão, usando uma rede ad hoc para compartilhamento de mensagens, posições amigas e inimigas (força azul / vermelha), vídeos de alvos em tempo real, quanto comandos de áudio.

Como é esse Data ink?

Esta capacidade única já está operacional na aviação colombiana com a força de helicópteros Blackhawk ARPIA IV, bem como na força aérea indiana e nos esquadrões de helicópteros Boeing AH-64 Apache de Israel. Essa tecnologia é um forte multiplicador de forças que maximiza a cobertura de um esquadrão de helicópteros, permitindo dispersar as plataformas de forma eficaz, centralizando o fogo. A Colômbia com seus Blackhawk Harpia consegue extrair o máximo de vantagens oferecidas pelos Spike ER.

Como o Spike ER2 designa seus alvos?

O link de dados mencionado anteriormente. Em relação ao EOS (estação eletro-óptica), o SPIKE ER2 é o único armamento proposto que não requer designação laser. O míssil é eletro-óptico, o que significa que o artilheiro pode locar o alvo e atirar e esquecer ou pode atirar e observar. Isso significa que ele visualiza em tempo real o feed de vídeo recebido do míssil e pode atualizar o ponto de bloqueio em tempo real, permitindo identificar o impacto. Este fato permite reduzir drasticamente o preço do EOS, pois não é necessário nenhum componente ativo de laser. Multiplicado pelo número de helicópteros, o simples custo economizado é bastante significativo.

Quais são as vantagens deste sistema?

A Rafael propôs diferentes opções para uma solução EOS leve no requerimento operacional da AVEX. Essa estação eletro-óptica é orientada e escravizada aos lançadores de míssil SPIKE ER2 e aos HMDs, o que significa que o movimento da cabeça do piloto também irá mover o EOS e o seeker dos mísseis, permitindo detectar, adquirir um alvo e locar o buscador de mísseis em segundos.

Imagens: Rafael / Eurospike.



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