Embraer recebe o último AF-11A da Marinha do Brasil para modernização
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Embraer recebe o último AF-11A da Marinha do Brasil para modernização

Entrega da aeronave AF-1 N-1004 para modernização na Embraer
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Recentemente, a Aviação Naval da Marinha do Brasil "entregou" a aeronave AF-1 N-1004 nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto-SP para ser submetida ao processo de modernização. Esse monoposto é a última unidade a dar entrada na Embraer, com previsão de entrega para a Marinha em novembro de 2020.

O A-4K Skyhawk N-1004, em plena capacidade de voo, foi entregue pelo 1° Esquadrão de Aeronaves de Interceptação e Ataque, com apoio de outro jato AF-1, aeronave N-1008, que participou do traslado a partir da Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia.

Dessa forma, o Esquadrão VF-1 contará com seis aeronaves modernizadas, sendo quatro monoposto e dois bipostos.

Durante os trabalhos em Gavião Peixoto, os aviões recebem um sistema aviônico digital moderno, capacidade HOTAS (“Hands on Thtottle and Stick”), radar multi-modo e sistemas defensivos como o "Radar Warning Receiver", equipamento que é integrado com as contramedidas de chaff (tiras metálicas) e flares (pirotécnicos).

Segundo a Marinha, as novas aeronaves modernizadas propiciam uma consciência situacional e uma familiaridade com a operação dos sistemas de uma aeronave de combate moderna, critérios imprescindíveis e relevantes para um cenário de combate atual.

As dúvidas

Essa é uma modernização que dispara o mesmo limitadíssimo armamento anterior, canhões de 20 mm, foguetes de 70 mm e bombas "burras" da família MK (82, 83 e 84).

Os mísseis ar-ar WVR Sidewinder AIM-9L/P recebidos junto com os aviões já excederam seus prazos de validade ou foram disparados nas campanhas de tiro real havidas em anos recentes.

Os mísseis em arsenal, ou prestes a serem entregues, do tipo MAA-1B Piranha, A-Darter ou Iris-T não podem ser lançados pela aeronave. (Ademais, são mísseis da Força Aérea)

O avião não pode lançar mísseis antinavio, apesar de possuir um radar multimodo capaz de fornecer dados de disparo.

Esse sensor perde suas vantagens táticas e a consciência situacional que entrega na medida em que os aviões seriam forçados a sobrevoar navios inimigos para ataca-los com bombas "burras" em perigosas passagens rasantes tomando tiro de mísseis, metralhadoras e canhões navais.

Isso não foi muito eficaz em 1982 nas Falklands, para falar de um conflito ícone, onde foi usada exatamente esse mesmo tipo de aeronave, e certamente, não o seria na atualidade.

De fato, hoje, seria suicídio atacar navios inimigos armados com defesas missilísticas no estado da arte.

Fica claro o objetivo da Marinha com os AF-1modernizados, manter sua aviação de asas fixas, formar uma massa crítica de pilotos operacionais, continuar os intercâmbios com a Força Aérea e aguardar por "dias melhores", quando então poderá vender ou aposentar seus vetustos (e modernizados) Falcões do Céu e realizar a transição para um novo avião.

Imagens: Roberto Caiafa / Marinha do Brasil



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