Brasil aposenta navio varredor M20 Albardão e reduz capacidade de guerra de minas
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Brasil aposenta navio varredor M20 Albardão e reduz capacidade de guerra de minas

M20
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(Infodefensa.com)

O veterano Navio Varredor M20 “Albardão” (Classe Aratu), foi formalmente aposentado do serviço ativo pela Marinha do Brasil.

Construído inteiramente em madeira e metal amagnético, de modo a não atuar minas (explosivos submarinos) de influência magnética, o “Albardão” é um Navio Varredor Schütze-Klasse (projeto de 1958) fabricado na antiga Alemanha Ocidental pelo estaleiro Abeking & Rasmussen e entregue em 1976.

O M20 desloca 253 toneladas, mede 47,2 metros de comprimento e atinge velocidades de até 22 nós (aproximadamente 41Km/h), sendo equipado com meios para realizar varredura de canais.

A Força de Minagem e Varredura (ForMinVar), anteriormente composta por seis navios varredores da classe “Aratu”, têm como atividade principal realizar a varredura de minas de contato e de influência, utilizando equipamentos capazes de detoná-las a uma distância segura ou neutralizá-las.

Até recentemente sediada em Salvador (Bahia), está sendo transferida para a Base Naval da Ilha da Madeira, em Itaguaí, RJ.

Essa pequena força é responsável pelo planejamento de minagens defensivas e também pelo planejamento e execução das operações de contra-medidas de minagem (CMM), destinadas a manter livre da ameaça de minas as linhas de tráfego marítimo ao longo do litoral e das áreas marítimas adjacentes aos portos, terminais e plataformas nacionais, bem como as possíveis áreas de operações de forças navais brasileiras.

A classe “Aratu” está em serviço desde 1971, e mesmo com os três sobreviventes da pequena frota original prestes a completar 51 anos em serviço, ainda não se conhece a nova classe de navios varredores que irá substituí-la.

A Marinha do Brasil está avaliando soluções existentes no mercado para definir um substituto para a Classe "Aratu".

A Classe "Koster" sueca (Saab) já foi oferecida, assim como opções britânicas, francesas e alemãs, tanto entre navios varredores quanto sistemas subaquáticos remotamente pilotados e/ou autônomos.

Força obsoleta

 

Com o passar dos anos, a tecnologia utilizada para remover ou neutralizar minas navais evoluiu, e os meios da Marinha do Brasil não acompanharam essa evolução.

Atualmente, a capacidade de contramedidas de minagem (CMM) brasileira é completamente obsoleta, e com a chegada do Submarino de Propulsão Nuclear faz-se necessária urgentemente uma proteção atualizada para entradas e saídas de porto, não só em território nacional como também fora do país, quando necessário.

As áreas portuárias são bastante vulneráveis às ações de minagem, e a colocação de minas marítimas ocorre, na maioria das vezes, nas proximidades dessas áreas, de modo a obter o seu controle.

Com o apoio de pesquisadores, empresas e Institutos de Ciência e Tecnologia como o Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), IEAPM e Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), projetos necessários para o apoio das Operações de Minagem e Centro de Hidrografia (CMM) estão sendo desenvolvidos em um ritmo que pode ser definido no mínimo como lento.

Em 2013, foi criado pelo Estado-Maior da Armada um Grupo de Trabalho visando a reestruturação da Guerra de Minas na Marinha do Brasil, e esse GT propôs a utilização de Sistemas de Varreduras Não Tripuláveis (SVNT) em complementação/substituição aos Navios Varredores, o que além de retirar o homem do campo minado, diminui custos de posse do meio, representa ganho de tecnologia de ponta e permite a redução dos custos com preparo e emprego de pessoal.

Novas capacidades como sistemas Unmanned Underwater Vehicles (UUV) do tipo Remotely Operated Vehicle (ROV), Autonomous Underwater Vehicle (AUV) e Autonomous Underwater Gliders (planadores subaquáticos autônomos) têm se mostrado eficazes na tarefa de CMM, inteligência, vigilância, reconhecimento, mapeamento do solo, inspeção de dutos submarinos entre outras tarefas, e precisarão ser adquiridos em algum momento.

Hoje, os sistemas UUV já realizam mais tarefas que os mergulhadores devido ao aumento de sua Inteligência Artificial e de sua capacidade de carregamento de equipamentos e profundidades de emprego.

A segurança da Base da Ilha da Madeira, onde ficará o futuro Submarino de Propulsão Nuclear, e também o mapeamento dos principais portos do Brasil em apoio às operações de entrada e saída de porto de Submarinos Nucleares, com o emprego dos SVNT e novos navios varredores, tudo isso resultará em uma capacidade estratégica vital.

A posse dessas tecnologias nas quantidades adequadas deverá entregar a Marinha do Brasil a capacidade de limpeza simultânea de até dois portos do País.

Guerra de minas

 

A Guerra de Minas, estratégica para o Brasil, deve ser garantida por um poder militar adequado e capaz.

Cerca de 95 do comércio exterior brasileiro e mundial é feito pelo mar e aproximadamente 85 do petróleo nacional é extraído da chamada Amazônia Azul.

Para o Brasil, a mina é uma excelente arma para defender seu território, inclusive contra inimigos que possuam navios com avançada tecnologia embarcada.



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