Brasil desativa fragata Greenhalgh, navio usado na Malvinas sob bandeira britânica
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Brasil desativa fragata Greenhalgh, navio usado na Malvinas sob bandeira britânica

Cena incomum: a F46 navega junto com o submarino S30 Tupi Fotos: Roberto Caiafa
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Após 26 anos em operação, a Fragata “Greenhalgh” código F46 (ex-HMS Broadsword) deixou o serviço ativo da Marinha do Brasil (MB), no dia 10 de agosto.

A Cerimônia de Mostra de Desarmamento, realizada na Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ), foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante de Esquadra Marcos Silva Rodrigues.

Incorporada em 1995, a Fragata “Greenhalgh” é o quarto navio da Esquadra a ostentar esse nome, em alusão ao Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh, personagem que ganhou notoriedade na Batalha Naval de Riachuelo*.

Em quase 26 anos de serviço ativo, a Fragata “Greenhalgh” perfez 1.234 dias de mar, navegando 247.119 milhas náuticas, em inúmeras comissões relevantes, como PARADEX, TROPICALEX/APRESTEX, ADEREX, VENBRAS 2000, ASPIRANTEX, MISSEX e UNITAS.

Destaca-se, também, o importante papel desempenhado na Comissão em apoio às Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, contribuindo para a segurança dos Jogos e elevando o nome do Brasil perante o mundo.

O evento de desativação do navio respeitou os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19 e contou com a presença de diversas autoridades, como o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Alípio Jorge Rodrigues da Silva, o Chefe do Estado-Maior do Comando de Operações Navais, Vice-Almirante Claudio Henrique Mello de Almeida, o Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Arthur Fernando Bettega Corrêa, e o Comandante da Força de Superfície, Contra-Almirante Iunis Távora Said.

Além de representantes da primeira tripulação, o evento contou com a presença de ex-comandantes do “Lobo Guerreiro”, como o Almirante de Esquadra Carlos Augusto de Sousa, Ministro aposentado do Superior Tribunal Militar, que destacou o fato de a Fragata “Greenhalgh” possuir uma rica história na Marinha do Brasil e na Marinha do Reino Unido (Royal Navy), sendo um navio “testado em combate”.

Nas suas palavras à tripulação, o Almirante Carlos Augusto também destacou que “a alta Administração Naval entendeu que a Fragata ‘Greenhalgh’ cumpriu sua missão, ainda que, visivelmente, esteja em plena forma. Todos nós temos nosso tempo de ir para a reserva e com os navios não é diferente”.

HMS Broadsword nas Malvinas 1982

O HMS Broadsword foi uma das quatro fragatas Type 22 (Lote I), adquiridas pela Marinha do Brasil da Royal Navy em 1995.

Esta, em particular, era o navio líder da flotilha que integrou a Task Force Britânica no atlântico sul durante a guerra das Malvinas.

Em 25 de maio de 1982, durante as operações de desembarque em San Carlos Baby, o F88 estava fornecendo apoio de defesa aérea para o HMS Coventry. Uma falha técnica em seu sistema de mísseis Sea Wolf permitiu que dois jatos de ataque Skyhawks argentinos afundassem o Coventry com o lançamento de bombas mk.82.

Naquele mesmo dia o Broadsword foi atingido por uma bomba mk.82 lançada de um A-4 que saltou pelo convoo e avariou um helicóptero Lynx, antes de sair pelo outro lado e explodir inofensivamente no espelho d’água. A fragata posteriormente resgatou 170 membros da tripulação do Coventry, que foi afundado.

Sua artilharia antiaérea, durante esses combates, abateu um IAI Dagger da FAA (Grupo 6) e compartilhou o abate de um A-4C Skyhawk com os mísseis Sea Cat do HMS Antelope, SAM Rapiers e MANPADS Blowpipe, estes disparados da cabeça de praia.



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