Infodefensa embarca no navio Atlântico: sete dias com as Forças Armadas brasileiras
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Infodefensa embarca no navio Atlântico: sete dias com as Forças Armadas brasileiras

H-36 Caracal Força Aérea Brasileira. Fotos: Roberto Caiafa
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Durante Operação Poseidon, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico recebeu os pilotos do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira em suas respectivas aeronaves, dando início às atividades de Qualificação e Requalificação de Pouso e Decolagem a Bordo (QRPB). Essa foi a primeira vez que as três Forças Armadas realizaram Operações Aéreas Conjuntas com o navio navegando, ampliando, assim, a interoperabilidade entre as Forças Singulares.

Dentre os meios empregados nesta operação, além do NAM Atlântico, estão a fragata Liberal, as aeronaves H225M do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-2) da Marinha, HM-4 Jaguar do 1º Batalhão de Aviação do Exército (1º BAvEx) e H-36 Caracal do 3º/8º Grupo de Aviação (3º/8º GAV) da Força Aérea Brasileira.

Além da capacitação no pouso, os militares realizam exercícios de infiltração de mergulhadores de combate, evacuação aeromédica (Evam) de feridos e tiro real sobre alvo à deriva. O treinamento conjunto foi proposto pelo Ministério da Defesa e tem por finalidade o aumento contínuo da interoperabilidade entre as Forças.

O exercício foi acompanhado, nesta quinta-feira (2), pelo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, pelo comandante da Marinha, almirante de esquadra Almir Garnier, e pelo almirante de esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar, chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa.

O comandante da Marinha ressaltou os propósitos de integração, e lembrou que integrantes das três Forças muitas vezes usam termos e linguagem próprios para denominar técnicas e equipamentos semelhantes. “O maior desafio é que cada comando de Força tem suas características próprias, seus usos e costumes, e quando se vai operar em um outro ambiente, sob a coordenação de uma outra Força, você precisa se adaptar a ela. Até o jargão e a cultura do trânsito a bordo de um navio, o resto é boa vontade”, disse Garnier. Adestramento

O almirante de esquadra Petronio lembrou que esse tipo de operação vem sendo construída desde 2018 pelo Ministério da Defesa, como programação de evolução do adestramento dos pilotos.

“No ano passado, fizemos nosso primeiro adestramento conjunto, com as três Forças e o navio parado, como se fosse um aeroporto. Nós qualificamos os pilotos e agora passamos a uma nova fase deste exercício, com o navio em movimento. Pretendemos que este tipo de adestramento permaneça por alguns anos, porque ainda temos algumas fases a serem cumpridas, até uma operação noturna, que é uma situação muito diferente do que ocorre de dia”, disse Petronio.

O segundo objetivo, ressaltou o chefe de Operações Conjuntas, é fazer com que as Forças Armadas estejam prontas a atender alguma demanda do Estado brasileiro, incluindo possíveis assistências humanitárias internacionais ou missões de resgate.

“O maior desafio é pelo fato de não termos chegado a simular um voo como este. É a primeira vez que a gente realiza um pouso em algo que está se movendo. Isso é realmente novo para a gente, que está em alto mar, não tem muito horizonte e não tem algo fixo para se estabilizar. Então isso acaba agregando valor na nossa aproximação”, relatou Galardo, que trabalhou no resgate de vítimas, em 2019, na tragédia de Brumadinho (MG). Atlântico

O porta-helicópteros Atlântico tem capacidade para transportar 16 aeronaves de asa rotativa, podendo ter, simultaneamente, até sete aeronaves em seu convés de voo e transportar doze aeronaves em seu hangar. Pode utilizar todos os tipos de helicópteros pertencentes aos esquadrões da Marinha.

O navio tem 203 metros de comprimento, com velocidade máxima mantida de 18 nós (33 quilômetros por hora) e raio de ação de 8 mil milhas náuticas (14,8 mil quilômetros). O convés de voo possui 170 metros de extensão, com 32 metros de largura.

Submarinos

Tanto Garnier quanto Petronio ressaltaram a chegada à esquadra brasileira do primeiro submarino da nova família, o Riachuelo, que deverá ser entregue ainda em dezembro deste ano em condições plenas de operação.

Depois do Riachuelo, virão outros três submarinos convencionais e, finalmente, o submarino de propulsão nuclear, que colocará o Brasil no seleto grupo de países com capacidade de produzir submarinos com essa característica tática avançada.

“Submarino [de propulsão] nuclear construiremos, esse é o nosso lema. É o nosso grande gol. É um desafio. Estamos trabalhando na fronteira do conhecimento. Não é construir, mas desenvolver um submarino”, disse Petronio.

“O Riachuelo está em avaliação operacional, não é mais teste de engenharia. No ano que vem ele estará operando com a nossa esquadra. Vai trazer um novo patamar de operação de submarinos, porque é um equipamento muito mais moderno do que os nossos anteriores”, completou Garnier.

Além disso, ambos lembraram que está contratada a produção de quatro fragatas, fabricadas por um estaleiro em Itajaí (SC), com início previsto para 2022, e estimativa de entrega entre 2024 e 2025.



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