A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, suspendeu a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que, em agravo de instrumento, concedeu a liminar que impedia a continuidade do processo de compra de veículos blindados italianos pelo Exército Brasileiro.
A formalização do contrato internacional foi realizada logo a seguir para formalizar o empenho do valor a ser pago em 2023 – R$ 1 milhão.
Segundo a ministra, conforme relatado pela União no pedido de suspensão de liminar, a aquisição dos blindados "faz parte de uma política pública de longo prazo, amparada em ampla discussão técnica, que teve início há dez anos. O projeto em questão – 'Projeto Forças Blindadas' – teve início em 2012, há, portanto, mais de dez anos, não sendo algo traçado de forma açodada ou repentina. O gasto foi devidamente incluído no Plano Plurianual de 2020-2023, aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2019, e incluído como 'Investimento Plurianual Prioritário'", explicou a ministra. Além disso, segundo a magistrada, a compra será feita ao longo de 17 anos, estendendo-se até 2040, sendo descabida a alegação de vultosas despesas em momento de restrição orçamentária – justificativa usada para suspender a compra.
"Ao contrário do que se fez constar na decisão objurgada, não há previsão de desembolso instantâneo da quantia de R$ 5 bilhões. Há, sim, a necessidade de pagamento de R$ 1 milhão (cifra significativamente inferior à apontada), como forma de confirmação do contrato e dentro do prazo de empenho da dotação orçamentária de 2023", explicou.