Satélites ópticos, o próximo passo do Brasil
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Satélites ópticos, o próximo passo do Brasil

RVC 1999
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O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC) é um marco do Programa Aeroespacial Brasileiro, pois representa uma guinada em termos de transferência de tecnologias (ToT) e estabelecimento de parcerias entre empresas brasileiras e congêneres estrangeiras. Pensado para prover Comunicações Estratégicas de Estado e Defesa, o SGDC teve como vencedora do contrato assinado em 2014 a Thales Alenia Space (TAS).

Durante a LAAD 2015, Joel Chenet, vice-presidente da empresa no Brasil, atualizou a imprensa sobre os avanços do programa “Os trabalhos do SGDC estão dentro do cronograma, e acreditamos ser capazes de completar a integração do satélite até outubro próximo, lançando-o como previsto em meados de 2016. Também assinamos os acordos definitivos de transferência de tecnologias do SGDC entre a TAS, a Agência Aeroespacial Brasileira (AEB) e o Governo Federal. A Agência Financiadora de Projetos (FINEP) tem desempenhado um importante papel, sendo responsável por selecionar os parceirosempresas que irão receber o ToT, o processo se dando através de Request For Proposal (RFP) no mercado brasileiro”.

Segundo o executivo francês “Para cada tópico específico do payload (carga e sensores do satélite) um contrato é fechado em áreas como controle térmico, instrumentos ópticos embarcados de precisão, plataforma de integração (bus) do satélite, etc. Na 1º fase, o treinamento de recursos humanos brasileiros está acontecendo na França (cerca de 40 pessoas), sendo seguida pela 2ª fase, a continuidade dessa instrução no Brasil, capacitando esse pessoal para exercer com plena segurança a 3ª fase, operação e manutenção autônoma total em todos os sistemas envolvidos com controle e gerenciamento de dados do SGDC. Essa metas deverão ser atingidas em dois anos, e a continuidade do processo será garantida pela criação da chamada Universidade do Ar dentro do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o ITA. Trata-se de um Curso de Engenharia Aeroespacial especialmente formatado para gerar profissionais aptos a suportar operações de satélites no Brasil. Como exemplo, professores franceses virão ao Brasil compartilhar conhecimento com alunos brasileiros, auxiliando no processo de qualificação de pessoal para operações espaciais”.

O próximo passo

A TAS, dentro da parceria estabelecida com o Governo Brasileiro, e ciente da determinação deste em obter satélites de observação da Terra, está oferecendo soluções em duas fases, começando pelo satélite óptico de grande resolução, menos complexo de ser obtido inicialmente que os satélites radares, e capaz de atuar em missões como vigilância de fronteiras, controle ambiental, monitoramento de áreas críticas, etc. De fato, a TAS tem afirmado que o Brasil pode se tornar um novo eixo de cooperação espacial, e o grupo francês não esconde sua vontade de obter melhores resultados que os auferidos pela parceria Brasil-China (CBERS). Todo o processo está sendo coordenado numa grande ação de governo a governo envolvendo pessoal altamente qualificado das duas partes, tanto na França como no Brasil, em tópicos como ToT sobre rádio definido por software utilizado no controle do satélite, ou o emprego da Constelação Copérnico de observação terrestre, já em órbita e operacional, para a cessão de dados (imagens) de alta qualidade para o Governo Brasileiro.

Foto: Roberto Caiafa



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