Exército Brasileiro assina memorando de entendimento com a Petrobras
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Exército Brasileiro assina memorando de entendimento com a Petrobras

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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) - No início do mês de outubro, em ato realizado na Sala de Reuniões do Alto-Comando, o Comandante do Exército, General-de-Exército Enzo Martins Peri, e o Diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Doutor Guilherme de Oliveira Estrella, firmaram um memorando de entendimento entre as duas Instituições. O objetivo desse documento é estabelecer regras básicas para implementação de ações futuras em projetos em que haja interesse mútuo.

A assinatura do memorando assinala um marco legal da parceria Exército Brasileiro-Petrobras para o desenvolvimento de importantes atividades conjuntas. Participaram do evento o Chefe do Gabinete do Comandante do Exército, General-de-Divisão Mauro Cesar Lourena Cid, o Diretor do Serviço Geográfico, General-de-Divisão Pedro Ronalt Vieira, o Gerente Executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Senhor Wernecy Cardoso Siqueira, e o geólogo da Petrobras, Senhor Ricardo Latge.

A Amazônia brasileira apresenta um grande vazio cartográfico, e o trabalho para conhecer seus segredos envolve grandes esforços por parte do Exército Brasileiro. Em 2012, ao final de cinco anos de intenso trabalho, o mapeamento cartográfico dos chamados “vazios amazônicos”, conduzido pela 4ª Divisão de Levantamento, deverá ter coberto mais de 1,8 milhão de quilômetros quadrados de selva, utilizando tecnologia de mapeamento por radar. Na prática, trata-se de uma cuidadosa operação de montagem de equipamentos (refletores) em solo descoberto – algo quase impossível na região densamente coberta pela selva – ou dentro da água dos rios, em conjunto com operações de sobrevoo para captação de informações sobre os locais e simultânea garantia de acurácia dos dados obtidos pelo sistema de radar de abertura sintética (SAR) operado por aeronave tripulada.

Essa zona forma o que se costuma chamar de “arco de desconhecimento”, que vai do oeste do Acre ao norte do Amapá, abrangendo 35% da Amazônia brasileira sobre a qual não existem informações de relevo, profundidade de rios e outras informações cartográficas fundamentais para agir no desenvolvimento da região. Quem responde pelo projeto Cartografia da Amazônia, coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), é a 4ª Divisão de Levantamento (Diretoria de Serviço Geográfico do Exército).

Em paralelo, a Petrobras realiza extensos esforços de prospecção de gás e óleo na região amazônica, já possuindo campos produtivos como o de Urucu. Embora o petróleo nesta parte da Amazônia tenha sido descoberto em 1917, a unidade produtora de Urucu só iniciou a perfuração no final da década de 1980.

Atualmente existem cinco campos de petróleo em funcionamento na Amazônia, produzindo cerca de 200 milhões de barris por ano. Em Urucu, o gás natural é o principal produto, com 10,7 milhões de metros cúbicos extraídos do solo todos os dias. Um gasoduto recém-concluído ligando esse posto remoto a Manaus será, no futuro, a principal fonte de energia para a maior cidade de toda a Amazônia. E a participação do Exército, visando defender estes recursos estratégicos conhecidos, além dos que estão em prospecção ou ainda não foram descobertos, é essencial e definida na constituição brasileira como uma de suas missões. As capacidades de cada instituição se complementam naturalmente neste cenário.

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