No último dia 7 de março, a Força Aérea Brasileira, através da Comissão de Aeronáutica Brasileira em Washington (CABW), Estados Unidos, realizou apresentação de propostas para aquisição de duas aeronaves Airbus A330-200 para futura conversão em MRTT, versão multimissão capaz de operar como reabastecedor e transporte de cargas/pessoal em alcances estratégicos.
Surpreendentemente, apenas a Azul SA, holding que controla a Azul Linhas Aéreas Brasileiras apresentou proposta dentro dos requisitos do certame.
Cockpit de um Airbus A330-200 da Azul Linhas Aéreas (Imagem: Roberto Caiafa)
Outras empresas convidadas a participar não apresentaram propostas, segundo a CABW.
Pelas leis brasileiras, uma licitação com apenas uma empresa ofertando está dentro da legalidade.
Nesta quinta-feira (09/03) ocorre análise da documentação de qualificação apresentada pela Azul SA e abertura do envelope contendo a proposta de preço.
Se a análise da documentação for aprovada e a proposta de preço for aceita pela Força Aérea Brasileira, restará a Azul SA obter as duas aeronaves, já que o edital preconiza que ambas deverão ser sisterships (mesmo padrão de equipamentos) e fabricadas após janeiro de 2014.
O salão de passageiros em um dos A330-200 da Azul Linhas Aéreas (Imagem: Roberto Caiafa)
A Azul Linhas Aéreas só dispõe de um Airbus A330 em sua frota que atende as premissas do edital, o jato de matrícula PR-AIS (msn 1492), porém a FAB necessita de duas aeronaves do tipo.
Todos os outros Airbus A330 da frota da companhia (12 aeronaves) são muito mais antigos e estão fora de cogitação.
Para atender as demandas da FAB contidas no edital, a Azul SA terá forçosamente de recorrer ao mercado de aeronaves usadas para obter pelo menos mais um exemplar dentro dos requerimentos.
O fato é que a Azul SA, até o momento, é a virtual futura fornecedora dessas aeronaves A330-200 para a Força Aérea Brasileira.
A galley em um dos Airbus A330-200 da Azul Linhas Aéreas (Imagem: Roberto Caiafa)