Brasil desenvolve simulador de protótipo para Força Aérea
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Brasil desenvolve simulador de protótipo para Força Aérea

Capa sim FAB
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O Instituto de Estudos Avançados (IEAv), Unidade pertencente ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), está desenvolvendo o primeiro protótipo de um sistema computacional capaz de simular diversos cenários operacionais de interesse da Força Aérea Brasileira (FAB).

O protótipo do Ambiente de Simulação Aeroespacial (ASA) foi demonstrado recentemente ao Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) com grande sucesso. O projeto tem por objetivo simular os mais diversos cenários operacionais, proporcionando informações suficientes que auxiliem na tomada de decisão.

Esse novo software vai identificar, descrever, modelar e avaliar capacidades e missões operacionais da FAB, bem como de prever adversidades e antecipar decisões que podem afetar o cumprimento de uma missão.

Para o gerente do projeto, Major Aviador André Rossi Kuroswiski “O ASA é uma nova visão sobre a simulação para a FAB, ampliando a compreensão sobre as potencialidades e limitações envolvidas no uso dessa ferramenta de apoio à decisão, do nível tático ao estratégico”, declara.

Novas tecnologias a um custo menor

O ASA possibilita o desenvolvimento de novas tecnologias a um custo menor quando comparado a outros sistemas comerciais semelhantes, pois o domínio da propriedade intelectual traz flexibilidade para modificações no longo prazo.

“A conclusão do protótipo encerrou o primeiro ciclo do projeto e agora dispomos de uma ferramenta adequada para aprofundar pesquisas e viabilizar análises, tudo em uma solução própria, que nos dá independência tecnológica para continuarmos evoluindo e nos adaptando conforme as necessidades da FAB”, ressalta um dos desenvolvedores do protótipo, Tenente Engenheiro João Paulo de Andrade Dantas.

O ASA nasceu do Planejador de Missões Aéreas (PMA), outro projeto do IEAv, criado para auxiliar o piloto no planejamento e debriefing de seus voos. O PMA é usado por diversas Unidades Aéreas e de Artilharia Antiaérea da FAB. Durante seu uso, os pesquisadores observaram que várias demandas apresentadas pelos usuários estavam, na verdade, ligadas à área da simulação.

Assim foi obtida uma nova ferramenta que atende a todos os cenários, utilizando uma arquitetura modular na qual os componentes – ou agentes – da simulação podem ser utilizados como "peças" para a composição de diversos contextos operacionais.

Inteligência Artificial

O software ASA realiza simulações construtivas utilizando agentes computacionais capazes de tomar decisões próprias utilizando Inteligência Artificial (IA).

Simulações dessa natureza, quando empregadas no processo decisório para prever possíveis resultados de combates, podem auxiliar não somente na definição estratégica dos cursos de ação, como também na reavaliação de táticas e técnicas empregadas.

O protótipo foi criado inicialmente para o combate aéreo Beyond Visual Range (além do alcance visual) entre duas duplas de aeronaves, a fim de evidenciar a interação entre agentes capazes de tomar decisões autônomas em um cenário dinâmico e de elevado nível de complexidade.

Na próxima fase do projeto, está previsto o desenvolvimento de novos modelos tais como aeronaves de ataque, aeronaves de controle e alarme em voo, radares de solo e sistemas de bateria antiaérea, de modo a viabilizar a simulação de cenários mais complexos.

A ideia é desenvolver diversas extensões do ASA, desde aplicações a jogos de guerra até o treinamento dos pilotos.

A proposta mais promissora é a de aplicar a Inteligência Artificial (IA) desenvolvida no projeto ao treinamento dos pilotos de combate em um centro de simulação. "A IA, ao combater contra seres humanos reais, pode aprender como eles tomam suas decisões e aprimorar seu comportamento, por outro lado, os pilotos também podem identificar melhor as fragilidades de suas táticas, já que é possível compreender a lógica de funcionamento da IA. Este processo promove o amadurecimento da IA com o objetivo de ser embarcada em aeronaves reais no futuro e, ao mesmo tempo, uma melhoria na qualidade do treinamento dos pilotos", aponta o Major Aviador Diego Geraldo, desenvolvedor do ASA.

O IEAv

O IEAv trabalha com diversas pesquisas avançadas que buscam ampliar o conhecimento científico e dominar tecnologias que fortaleçam o poder aeroespacial brasileiro.

Para tanto, desenvolve competências em quatro grandes áreas: energia, apoio à decisão, radiação e sensores.

O Instituto atua no campo das tecnologias que ainda não foram implementadas, como, por exemplo, a transição do voo subsônico e supersônico com o uso de hidrocarbonetos para o voo hipersônico com combustível limpo. “Estamos sempre observando os cenários, as tendências do setor aeroespacial e os avanços tecnológicos, ou seja, estamos analisando o que a FAB pode precisar a médio e longo prazo”, ressalta Diretor do IEAv, Coronel Engenheiro Fabio Andrade de Almeida.



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