OPV e NPaOc-BR em destaque
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OPV e NPaOc-BR em destaque

141006 buque Classe P120 Amazonas BAE Systems Photo Caiafa 1
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(Infodefensa.com) Roberto Caiafa, París – Entre os dias 27 a 31 de outubro, acontece em Paris, no centro de exposições de Le Bourget, Paris, França, a Euronaval 2014, tradicional evento da indústria naval militar mundial. A participação brasileira na feira, mais uma vez capitaneada pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) reune empresas nacionais do setor naval e correlatos. O grande destaque do Pavilhão Brasil, nessa ocasião, ficou por conta da Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais), que promove no evento o Navio-Patrulha Oceânico Brasileiro (NPaOc-BR), desenhado no Centro de Projeto de Navios da Marinha do Brasil.

O tipo foi projetado para realizar tarefas de fiscalização na Zona Econômica Exclusiva do Brasil (ZEE), incluindo a proteção das plataformas de recursos offshore; para combater atividades ilegais no mar; para fornecer segurança para o tráfego marítimo e para apoiar as operações de busca e salvamento. Para cumprir essas missões, navio terá dois barcos infláveis de casco rígido, convoo com hangar capaz de acomodar um helicóptero de médio porte e armamento principal composto por um canhão médio de 40,57 ou 76mm (ainda não definido) e dois canhões de 20 milímetros de montagem lateral, além de avançados sistemas e sensores, boa parte deles produzidos por empresas brasileiras em parceria com companhias estrangeiras.

Classe Amazonas da BAE Systems Quase ao lado da Emgepron, o estande da BAE Systems exibe a maquete do OPV P-120 Amazonas Class. O Brasil adquiriu e opera com sucesso três unidades do tipo, conhecida no Reino Unido como 90M Offshore Patrol Vassel. No entanto, esses navios, uma compra de ocasião após a desistência de Trinidad & Tobago em recebê-los, vieram com um armamento tido como "soft" para algumas situações (1 canhão de 30mm e dois de 25 mm, todos remotamente controlados pelo sistema Osires a partir do Centro de Operações de Combate). Especula-se que a Marinha do Brasil, como detentora dos direitos de produção desse tipo de embarcação, poderia reprojetar o navio, alongando seu casco (algo que já foi feito para outros clientes da BAE Systems) de modo a comportar um hangar para helicópteros de médio porte, e substituir o armamento principal instalado originalmente pelo moderno canhão naval Bofors 40 Mk4, atualmente sendo testado pela MB no navio patrulha P-45 Guaporé.

Fica evidente que a BAE Systems encontra-se bem posicionada para atender a Marinha do Brasil, pois seu produto já encontra-se em serviço localmente registrando excelentes níveis de performance, operacionalidade e economia no seu uso, e a Marinha pode fabricar mais unidades sob licença. Recentemente, a própria Royal Navy colocou encomendas de uma versão do modelo que em muito se assemelha as capacidades do projeto da Emgeprom (NaPaOc-BR), no entanto, o apelo pela adoção de uma solução nacional é muito forte dentro da Marinha (atendendo as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa), o que leva a crer em uma renhida disputa onde essas duas empresas, a BAE Systems e Emgepron. Ambas se apresentam claramente em vantagem com relação aos demais concorrentes.

Espera-se uma definição dessas encomendas para 2015, com os primeiros navios da nova classe sendo entregues inicialmente e partir de 2019-2020, aproximadamente. Até lá, os NaPa de 500 toneladas, fabricados no Brasil, e os três Classe Amazonas terão a missão de sustentar a maior parte da capacidade de patrulha oceânica da Marinha do Brasil.

Fotos: RobertoCaiafa / Infodefensa.com



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