AGR, o arsenal de guerra do Exército Brasileiro 3
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AGR, o arsenal de guerra do Exército Brasileiro 3

Fotos: Roberto Caiafa
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Fechando a visita de Infodefensa ao Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, mostraremos os serviços de usinagem, serralheria, tratamento superficial de materiais, a tradição da fundição e a modernidade de ações futuras empregando capacidades de engenharia e projeto para a entrega de materiais de emprego militar (MEM) especificados pela Força Terrestre.

Os serviços de usinagem têm por finalidade apoiar a fabricação e recuperação de MEM, por meio do emprego de pessoal qualificado no uso de diversas ferramentas e máquinas operatrizes como tornos ou o centro de usinagem CNC, equipamentos capazes de realizar usinagens de grande complexidade, garantindo precisão, versatilidade e velocidade.

Essa habilidade é fundamental, por exemplo, na fabricação e recuperação dos morteiros pesados de 120 mm, cujo tubo raiado, inclusive, é obtido a partir de um bloco de metal bruto empregando ferramentas e peças produzidas no Arsenal.

Já os serviços de serralheria têm por finalidade auxiliar a fabricação e recuperação de estruturas e outros produtos que necessitem dos processos de corte, conformação e soldagem de materiais metálicos.

Essa capacidade, trabalhando em conjunto com o setor de projetos do AGR, foi posta a prova recentemente no caso da adição de placas blindadas de proteção instaladas em viaturas empregadas pelo Exército durante a Intervenção Federal no Rio de Janeiro em 2018.

O projeto surgiu a partir da vulnerabilidade que as tropas constataram em seus veículos durante operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), destacando vários episódios de ataques contra os militares.

O foco do projeto foi a concepção de um kit de blindagem de aço balístico para ser instalado na VTNE 3/4 t Agrale Marruá Cargo, uma vez que esse modelo de viatura estava sendo amplamente empregado, sendo o mais atingindo durante enfrentamentos.

Para tanto, foi necessário um esforço concentrado que conseguiu levar a cabo, dentro do prazo previsto, o desafio apresentado pelo então Gabinete de Intervenção Federal, surgindo então o Agrale Marruá “blindado”.

Passando para os serviços de tratamento superficial, estes têm por objetivo garantir a proteção superficial (fosfatização e pintura) das peças e componentes dos diversos materiais fabricados e recuperados pelo AGR.

Para tanto, a seção está subdividida nas tarefas de desengraxe alcalino, jateamento com microesfera de vidro, fosfatização, oleamento e pintura.

Tanques especiais com produtos químicos, câmaras hermeticamente fechadas de jateamento e demais equipamentos permitem ao AGR receber, limpar, recuperar, preparar e entregar peças e componentes críticos de armamentos em condição de uso novamente.

Quanto a Fundição, essa representa as tradições do próprio Exército, já que essa atividade existe desde 1783, quando a Oficina de Fundição do Arsenal de Guerra do Rio foi criada, a primeira do gênero no Brasil.

É um dos setores mais ativos e tem peças de sua produção decorando salões e logradouros, no país e no exterior.

A demanda do EB por placas funcionais, decorativas ou comemorativas, bustos, estátuas, brasões, medalhas, moedas (challenge coins), petrechos de mesa e outros é atendida, em boa parte, pela Fundição do AGR.

Na atualidade, essa tradicional seção está voltada para a fundição de metais não-ferrosos, como latão, bronze e alumínio, e trabalha basicamente com dois processos distintos: fundição em areia e fundição em cera perdida.

O primeiro método é mais adequado a peças inteiriças, como placas de mesa, placas comemorativas, letreiros e símbolos.

Pelo segundo processo é possível produzir peças vazadas, como bustos e estatuetas.

Incremento do Portifólio e o setor de projetos

No futuro próximo, o AGR deverá se juntar ao esforço de fabricação (CKD) de torres/estações de armamento manuais do tipo Platt, destinadas para uso em parte da frota de VBTP-MR 6x6 Guarani e 4x4 Iveco LMV.

O setor de rádios Harris Falcon III devera receber investimentos permitindo um aumento na quantidade de montagens CKD desse equipamento, na medida que ocorram mais entregas para os Programas Estratégicos do Exército, como por exemplo, o SISFRON (Sistema de Vigilância e Monitoramento de Fronteiras).

No setor de optrônicos, o AGR deverá tornar-se responsável em breve pelo suporte ao binóculo de visão termal CORAL-CR (AEL Sistemas), também adotado como um dos equipamentos a serem utilizados pelo PEE SISFRON.

O CORAL-CR é um avançado binóculo com imageador termal refrigerado e apontador laser (medição de distância) destinado a operações de defesa e segurança e pode ser empregado em missões de vigilância, reconhecimento e aquisição de alvos, nos mais variados ambientes e condições climáticas.

No setor de projetos acontece o desenvolvimento de um kit de blindagem adaptável para uso em veículos de engenharia, oferecendo um bom nível de proteção para máquinas e implementos utilizados em áreas de conflito como escavadeiras, bulldozers, motoniveladoras, etc.

Essa demanda está sendo introduzida para corrigir a vulnerabilidade desse material quando removem obstáculos ilegais colocados em vias públicas pelas narco-guerrilhas na cidade do Rio de Janeiro, visando impedir a ação das tropas.

O setor de projetos também está trabalhando na concepção e posterior fabricação de componentes para uso pela Aviação do Exército, como material de apoio em solo para helicópteros, incluindo aí bancadas, suportes e adaptadores usados para agilizar trabalhos de manutenção em motores, células e demais componentes.



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