Força Nacional de Segurança sob ataque no Rio de Janeiro
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Força Nacional de Segurança sob ataque no Rio de Janeiro

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Uma viatura da Força Nacional de Segurança (tropa formada por policias e bombeiros militares de todo o Brasil) foi recebida por intenso fogo de fuzis de assalto, na tarde da última quarta-feira, em uma comunidade próxima a Linha Amarela, Rio de Janeiro.

Ao entrarem por engano em uma localidade conhecida como Boca do Papai, na Vila do João, Zona Norte do Rio (região da Maré e Ilha do Fundão), os agentes depararam-se com traficantes fortemente armados que abriram fogo.

Os três FN (policiais militares) que estavam dentro do veículo foram atingidos, o motorista, soldado Hélio Andrade, foi gravemente ferido com um tiro na cabeça.

Socorrido por um veículo de serviços da Lamsa (concessionária da Linha Amarela) com apoio de outras tropas da FN, Hélio foi levado em estado grave (perda de massa encefálica) para o Hospital Salgado Filho, no Méier, onde encontra-se internado desde então.

O capitão Allen Marcos Rodrigues Ferreira (Polícia Militar do Acre), sofreu um tiro de raspão na testa e foi levado ao Hospital Municipal Evandro Freire, na Ilha do Governador, onde passa bem. O terceiro FN atingido, soldado Rafael Pereira, foi levado em estado de choque para o Hospital Salgado Filho.

Após o ataque a viatura da Força Nacional de Segurança, tropas imediatamente cercaram toda a comunidade e acessos a Favela da Maré e região da Ilha do Fundão.

Atiradores de elite do Exército também estão posicionados na Favela do Timbau, na mesma região.

Forças Especiais da Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Exército estão no local.

Há varreduras na comunidade feitas pela Polícia Federal e pelo `Batalhão de Operações Especiais´, segundo informações do Ministério da Justiça.

A pressão por uma reação armada dentro da comunidade em plena realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi contida a duras penas, afinal, foi justamente o desconhecimento do terreno (mapa criminal) daquela região o que provocou o tiroteio entre traficantes e a Força Nacional.

Adicionalmente, a Linha Amarela, uma das principais artérias do tráfego de veículos na cidade, passa exatamente naquela região.

Não é a primeira vez

Há 24 anos, dois agentes da Polícia Federal (Henrique Guilherme e Marcos Vinicius Ramos de Araújo) participavam do esquema de segurança da Conferência Internacional Eco-92 e foram brutalmente assassinados em junho de 1992 na favela Roquete Pinto, em Ramos (zona norte do Rio), próximo a um ponto de venda de drogas localizado a cerca de 2,5 km do local onde os FN foram alvejados.

Com a morte dos agentes, a Polícia Federal invadiu a favela e matou dois traficantes supostamente envolvidos com o assassinato dos federais.

Fuzis para todos os gostos

Fuzis de assalto tornaram-se parte da paisagem no Rio de Janeiro. Estas armas de guerra são usadas indiscriminadamente entre facções criminosas, contra forças de segurança do Estado e contra a população civil, e não há sensacionalismo algum nessa afirmação, pois ela está baseada em números fornecidos pela própria Polícia Militar do Estado Rio de Janeiro (PMERJ).

Somente no período compreendido entre janeiro a julho de 2016, foram apreendidos ou capturados na área urbana do Grande Rio mais de 160 fuzis de assalto, com a predominância de plataformas Armalite AR-15 (60) e Kalashnikov AK (40), além de modelos FN Para-FAL e H&K G-3 em calibre 7,62 mm e Mini-Ruger em calibre ponto 30.

As fotos de fuzis mostradas nesse artigo foram retiradas do website oficial da corporação e representam as apreensões verificadas nos últimos 40 dias.

Essas armas chegam ao País contrabandeadas pelas fronteiras com a Bolívia, Colômbia e especialmente com o Paraguai.

Para combater essas práticas, o Exército Brasileiro está implementando, começando pelo centro-oeste (fronteira com a Bolívia), o Sistema de Vigilância e Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), destinado justamente a prover vigilância ininterrupta diuturna de uma extensa faixa de divisas usando sensores, radares, aeronaves remotamente tripuladas, balões cativos, tropas especialmente equipadas e recursos sofisticados de comunicações e informática.

O SISFRON encontra-se atualmente concluindo a implementação do lote piloto, mas cortes orçamentários e atrasos nos pagamentos de material contratado aumentaram em dois anos os prazos para o término dessa fase.

Os recursos para a continuidade do programa estão sendo alvo de discussões em Brasília, mas até o momento pouco se sabe sobre a PLO 2017 em termos de investimentos para o Ministério da Defesa e Forças Armadas.

Imagens: Agência Brasil, Whatsapp via Extra, Facebook (reprodução), PMERJ, Ministério da Justiça.



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