O novo avião de transporte brasileiro, um projeto internacional
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O novo avião de transporte brasileiro, um projeto internacional

Imagens: Roberto Caiafa, Embraer, Força Aérea Brasileira
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O Embraer KC-390 nunca foi coisa de apenas um. Com o Brasil, países como Portugal (OGMA), Argentina (Fadea) e República Tcheca (Aero Vodochody) fazem parte deste programa.

Portugal tornou-se o primeiro cliente internacional do KC-390 ao adquirir cinco exemplares, um negócio de € 827 milhões (US$ 917 milhões), incluindo suporte, serviços e simulador de voo, como parte do processo de modernização da Força Aérea portuguesa.

A importante participação portuguesa é uma prova cabal da composição “globalizada” do esforço industrial do programa, que alinha também os parceiros Argentina (FADEA) e República Checa (Aero Vodochody).

O investimento português de 827 milhões de euros em 12 anos inclui aquisição dos aviões, um simulador completo, equipamentos, manutenção e outras despesas, como a adaptação das infraestruturas necessárias à sua operação a partir da Base Aérea 6, no Montijo.

As entregas devem começar em 2023.

Mas as bases desse negócio começaram muito antes.

O desenvolvimento e a produção contam com o melhor da engenharia portuguesa e brasileira, mobilizando em seu torno uma importante cadeia de valor que cria empregos, dá competitividade ao cluster aeronáutico português, aumentando assim as exportações, e internacionaliza a economia facilitando a captação de investimento direto estrangeiro.

O cluster aeronáutico português representa cerca de 1% do PIB e 3,3% das exportações, e para cada KC-390 construído isso implica em empregos, acréscimos para as exportações, um estímulo adicional para a competitividade da base industrial de defesa portuguesa.

A compra do KC-390 por Portugal representa um grande investimento que trará retornos positivos nos setores econômicos, capacidades militares e segurança dos portugueses.

A contribuição de cada país

A OGMA, junto com EEA, Empresa de Engenharia Aeronáutica, firmaram parceria estratégica com a Embraer Defesa e Segurança para a produção de ítens do KC390 em Portugal.

A EEA, reunindo a capacidade de engenharia portuguesa, trabalha junto a OGMA, controlada pela EMBRAER (35% do governo Português) que é responsável pela manufatura.

Dessa forma, Portugal fornece a seção central da fuselagem, sponson e portas do trem de pouso principal e leme de profundidade. Peças do KC-390 são produzidas nos dois centros de excelência em Évora, o de metálicos e o de compósitos.

Em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, a Embraer fornece a seção dianteira da fuselagem com a cabine de pilotagem, asas, seção intermediária da fuselagem e estabilizadores vertical e horizontal.

Essa planta industrial também executa também a integração dos comandos de voo, softwares, aviônica e equipamentos como os trens de pouso, que também produz, através de sua subsidiária Eleb.

A Argentina, através da Fábrica Argentina de Aviones SA (Fadea), fornece as portas do trem de pouso dianteiro, racks internos, porta dianteira direita, parte da rampa de acesso traseira, flaps e cone de cauda.

Esses componentes são fabricados em sua maioria na unidade fabril “Brigadier San Martin”.

A República Checa fornece a porta dianteira esquerda, portas traseiras, parte da rampa de acesso traseira e a seção traseira da fuselagem.

O negócio começou a tomar forma após a assinatura da Declaração de Intenções entre os ministérios da defesa brasileiro e tcheco, anunciado em setembro de 2010.

A Aero Vodochody foi então selecionada para fornecer partes do KC390, sendo o maior fabricante aeroespacial da República Tcheca.

Fundada em 1919, tem foco no desenvolvimento, produção, venda e suporte a programas aeroespaciais civis e militares. O sistema controle de qualidade da empresa é certificado pelas normas AS 9100 e ISO 9001.

Ao longo dos anos, a Aero Vodochody trabalhou com fabricantes líderes da indústria aeroespacial, entre os quais a produção de subconjuntos para a família de jatos comerciais EMBRAER 170/190.

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