Brasil vende porta-aviões São Paulo para desmanche por 1,9 milhões de dólares
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Brasil vende porta-aviões São Paulo para desmanche por 1,9 milhões de dólares

O convoo do NAe São Paulo em 2017, quando já estava inoperante no AMRJ Foto: Roberto Caiafa
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O navio-aeródromo São Paulo (NAe São Paulo A-11) foi arrematado em um leilão por pouco mais de R$ 10,5 milhões.

O navio, que encontra-se fora de serviço (descomissionado) dispende consideráveis recursos da Marinha do Brasil apenas para manter o casco e estrutura em condições mínimas de segurança.

A completa modernização e atualização do São Paulo, se acontecesse, poderia ultrapassar a marca de um bilhão de reais em custos, sendo considerada anti-econômica na medida em que o navio tem uma vida útil já próxima do final para seu casco e propulsores.

A venda foi realizada pela casa de leilões João Emílio Leiloeiro, no Rio de Janeiro (RJ), e ocorreu na última sexta-feira (12).

O processo foi conduzido pela Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), vinculada ao Ministério da Defesa.

A venda do A12 começou em setembro de 2019, mas em 2020 não houveram interessados no leilão.

O lance inicial para a venda concretizada era de R$ 7.756.243,80 enquanto o valor oferecido foi de 10.550.000. Esses recursos, segundo a Marinha do Brasil, deverão ser utilizados em outros projetos em andamento.

O São Paulo foi adquirido da Marine Nationale (França) em 2000, quando ostentava o nome Foch e tinha 43 anos, sendo quase quarenta de serviço ativo.

O navio teve uma vida operacional curta na Marinha do Brasil, onde sofreu uma série de falhas e passou por um acidente grave com perda de vidas humanas.

Inicialmente a Marinha planejava modernizar e reformar o porta-aviões, visando manter sua capacidade de emprego do caça embarcado A-4KU Skyhawk, que teve seis exemplares modernizados no Brasil pela Embraer Defesa e Segurança.

Assim como o A12 São Paulo, os A-4KU chegaram ao Brasil com mais de trinta anos de uso.

Estes caças de ataque, sobreviventes da Força Aérea do Kuwait, lutaram na 1ª Guerra do Golfo em 1991 quando já eram considerados obsoletos. Os problemas do porta-aviões e ass limitações do A-4KU, mesmo modernizado, foram determinantes para que a Marinha revisse suas prioridades e optasse por desativar definitivamente o São Paulo.

Atualmente o Brasil conta com um navio de assalto anfíbio, de tipo porta-helicópteros, o NAM Atlântico (A140), que permite manter a capacidade de emprego de meios aéreos pela marinha. O ex-HMS Ocean tinha vinte anos quando foi vendido ao Brasil pela Real Marinha Britânica, após passar por um extenso programa de modernização anos antes.



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