Após cinco dias tensos de muita negociação, o Batalhão de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) invadiu o Torre Palace Hotel, localizado no setor hoteleiro sul da capital federal, usando 3 helicópteros em um assalto aéreo cinematográfico, e concluiu a desocupação do prédio abandonado, um antigo hotel, sem baixas.
O Torre Palace havia sido invadido de forma ilegal por moradores de rua.
Entre mulheres e crianças, circulavam no seu interior criminosos, traficantes e viciados em drogas, tudo a questão de metros da Esplanada dos Ministérios e Palácio da Alvorada, sede do Governo Brasileiro.
A ação ocorreu por volta das 6h deste domingo (5/6/2016) e durou pouco mais de meia hora. Os invasores resistiram e atearam fogo no alto do prédio, usando um fogão e um botijão de gás para tentar impedir a aproximação dos helicópteros da Polícia.
Os soldados revidaram despejando bombas de efeito moral antes de saltarem no teto da edificação.
Os invasores, acuados, também atiraram restos de tijolos, telhas e pedras nos policiais do Batalhão de Choque que invadiram por baixo.
Estes reagiram com várias bombas de efeito moral e tiros de armamento não letal. Um dos invasores, atingido por bala de borracha, foi levado para o hospital.
No total, 16 invasores estavam no prédio, entre elas quatro mulheres e quatro crianças (usadas como escudos humanos), segundo a PMDF.
Os adultos foram encaminhados ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil, onde foram autuados por crimes como tentativa de homicídio, resistência e dano ao patrimônio.
As quatros crianças foram as primeiras a serem retiradas, devido a extrema vulnerabilidade social dos menores. Saíram assustadas, no colo dos policiais, e foram atendidas em seguida por equipes do Corpo de Bombeiros e encaminhadas para o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Todas aparentavam bom estado de saúde.
A ação foi decidida após o malogro das negociações entre os invasores, a PMDF e entidades de Defesa Social. Toda a operação de cerco e remoção dessas pessoas teve um custo diário muito alto, o que forçou o Governo do Distrito federal a lançar mão da opção de uso da força.
Deve-se observar o extremo perigo a que os operadores de Forças Especiais do Batalhão de Choque e do BOPE PMDF ficaram expostos durante o desembarque dos helicópteros e subida das escadas completamente abertas (sem paredes).
Imagens: PMDF