Brasil combate ilícitos ambientais na Amazônia com o UAV Hermes 900
EDICIÓN
| INFODRON | INFOESPACIAL | MUNDOMILITAR | TV
Aire (Portugués) >

Brasil combate ilícitos ambientais na Amazônia com o UAV Hermes 900

O SARP Hermes 900 do Esquadrão Hórus operando em Cachimbo. Imagens: Roberto Caiafa  Infodefensa.com
|

O Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP) Hermes 900 da Força Aérea Brasileira (FAB) tem otimizado os trabalhos de reconhecimento de áreas de desmatamento na Amazônia Legal na Operação Samaúma.

Infodefensa viajou 1.500 km até o Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), no Estado do Pará, para conhecer de perto a sofisticada operação desse vetor estratégico.

Operado pelo Esquadrão Hórus (1º/12° GAV), o Sistema Hermes 900, fabricado pela Elbit Systems de Israel tem capacidade de identificar e fotografar, com tecnologia termal e em tempo real, imagens aéreas com possíveis delitos, contribuindo com os órgãos fiscalizadores no mapeamento das ações de combate ao desmatamento da Amazônia Legal Brasileira.

Com autonomia de até 30 horas, a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) pode sobrevoar até mil quilômetros sobre as áreas de interesse, a partir do Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), localizado na Serra do Cachimbo, em Novo Progresso (PA), onde ocorrem as decolagens.

Após 80 quilômetros voados, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF), assume o controle e a coordenação tática de forma remota. Da capital federal, os dados captados são analisados, dando suporte aos Comandos Conjuntos e às agências reguladoras e de fiscalização.

O Diretor do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, Tenente-Coronel Aviador Leonardo dos Passos de Araújo, explica que a unidade militar está, basicamente, no meio dos quatro estados que abrangem a Operação Samaúma: Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. “A aeronave pode se deslocar para qualquer ponto destes estados. Ou seja, está, estrategicamente, muito bem posicionada, dando apoio na região norte do Brasil”, completa.

O SARP registra e transmite as informações a partir de uma plataforma satelital.

Para o Chefe da Seção de Operações do Esquadrão Hórus, Major Aviador Vinícius Marques da Rosa, o grande ganho do Sistema é a celeridade. “A imagem em tempo real fornece ao decisor a informação que ele precisa para mover todos os demais meios, gerando economia e eficiência muito maior na ação futura”, explica.

O Comandante de Operações Aeroespaciais (COMAE), Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, explica como é a contribuição da FAB na Operação.

“Nós temos oficiais de ligação e representantes nos órgãos que solicitam as imagens. Eles determinam a área de interesse e, a partir daí, nós planejamos a missão e definimos qual o sensor mais adequado para executá-la. Ou seja, identificamos qual a melhor solução para aquele caso e enviamos a plataforma - a aeronave, o satélite ou a ARP - para fazer o levantamento dos dados. Nós processamos a imagem e informamos imediatamente para quem fez a solicitação”, conta.

Operação Samaúma

A Operação Samaúma, de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental, ocorre em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental, em áreas de propriedade ou sob posse da União e mediante requerimento estadual.

Ela surgiu da necessidade de intervir em 26 municípios dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia, nos quais foram detectados indícios de ilícitos ambientais, mapeados pelo Grupo Gestor do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).

Todas as atividades ocorrem em conjunto com órgãos e agências de proteção ambiental e de segurança pública estaduais e federais.

Imagens: Roberto Caiafa



Recomendamos


Lo más visto