O embaixador sul-coreano no Brasil, Lim Ki-Mo, visitou as instalações da Embraer em Gavião Peixoto, onde a empresa brasileira constrói o KC-390. Lá, a delegação sul-coreana, também composta pelo adido de defesa Shin Myung Joo, e o adido econômico, Hyun Jin Kim, puderam conhecer em primeira mão os desenvolvimentos da Embraer para o projeto da aeronave de transporte.
A visita ocorre em um momento em que o governo do país asiático busca uma aeronave com as características do avião brasileiro para substituir seu Hercules C-130, necessidade para a qual a própria indústria sul-coreana já apresentou solução: o MC -X.
A proposta de KAI
A firma Korea Aerospace Industries (KAI) tornou público o desenho do que pretende ser o futuro avião de transporte da Força Aérea Coreana (Rokaf) na última edição da feira DX Korea, que decorreu no final de setembro passado.
A empresa coreana espera levar de sete a oito anos para desenvolver o avião, com o objetivo de produção em série a partir de 2032. Além disso, se necessário, a KAI está considerando desenvolver o MC-X mesmo sem parceiros internacionais.
Os requisitos iniciais para o Rokaf incluem a capacidade de transportar até 30 toneladas de carga, voar até 900 km/h e ter um alcance de 7.000 km. O motor do avião deve ser de dois turbofans, como os do KC-390.
Se o projeto da indústria sul-coreana se tornar realidade, ao avião brasileiro - com exportações confirmadas para Portugal, Hungria e Holanda - se juntará um novo rival, como o japonês Kawasaki C-2, o russo Ilyushin Il-276 e o ucraniano Antonov An-178, este último muito afetado após a invasão russa da Ucrânia.