Harpia: nova empresa confirma o crescimento do mercado de UAV no Brasil
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Harpia: nova empresa confirma o crescimento do mercado de UAV no Brasil

ARP Hermes
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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) – Embraer Defesa e Segurança e a AEL Sistemas (Elbit Systems) concretizaram a criação de uma nova empresa destinada a projetar, construir e comercializar veículos aéreos não tripulados para o mercado brasileiro e sulamericano, utilizando-se o expertise israelense nesta área em conjunto com a criatividade e engenhosidade de empresas nacionais e centros de pesquisa acadêmicos. A Embraer Defesa e Segurança passa a ser detentora de 51% do capital da Harpia, e a AEL dos outros 49%.

Com sede em Brasília, capital brasileira, as atividades da Harpia envolverão marketing, desenvolvimento, integração de sistemas, fabricação, comercialização e suporte pós-venda de VANT, bem como simuladores e atividades de modernização de sistemas aviônicos. A empresa oferecerá soluções mais abrangentes em sistemas complexos, aumentando a oferta de produtos genuinamente brasileiros no mercado de defesa e segurança interno, uma demanda confirmada por eventos como a Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, mas ainda não atendida a contento.

“Entre as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa (END) estão à busca de parcerias para o desenvolvimento e capacitação tecnológica e a fabricação de produtos de defesa nacionais”, disse, em comunicado, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar. “A criação da Harpia será um importante instrumento para atender às necessidades das forças armadas e de segurança.” O executivo da Embraer Rodrigo Fanton, anteriormente dedicado à área de suprimentos, foi designado CEO da nova empresa. “Estamos muito contentes com a decisão da Embraer Defesa e Segurança em investir na AEL e com o estabelecimento desta sociedade, que é prova do alto nível de satisfação e confiança mútua que nossas duas empresas desenvolveram ao longo de muitos anos de cooperação”, disse Shlomo Erez, Presidente da AEL Sistemas.

Voar e operar VANT com eficiência           

Durante décadas, as atividades com veículos aéreos não tripulados no Brasil restringiam-se a fabricação e suporte na operação de alvos para treinamento de artilharia antiaérea de cano, naval e terrestre. Com o advento dos sistemas mísseis antiaéreos de diferentes usos e procedências, tornou-se necessário um novo patamar de desempenho destes veículos alvos.

Ao mesmo tempo, acontecia o boom de novas tecnologias e sistemas embarcados para VANT, e o Brasil começou seus primeiros e tímidos passos neste mercado com projetos como o VANT Acauã, surgido de pesquisas do ITA/CTA (Centro Tecnológico da Aeronáutica), ou desenvolvendo pequenas aeronaves projetadas em centros de pesquisa universitária federal, notadamente no interior do estado de São Paulo, e nos estados de Minas Gerias e Rio de Janeiro. Com a consolidação da tecnologia e sua evidente necessidade de emprego pelo país, especialmente em questões de vigilância de suas extensas fronteiras terrestres ou de grandes áreas urbanas conflagradas, o Brasil adquiriu, em um primeiro momento, VANTs de comprovada capacidade de emprego operacional para a sua Força Aérea e Polícia Federal.

Salvo um pequeno desentendimento institucional sobre direito de possuir e operar estes veículos, logo no início do processo (2009-2010), o fato é que especialmente no caso da FAB, a operação de VANT em perfis estratégicos na região de fronteira amazônica comprovou o acerto da opção pela tecnologia israelense já disponível. O RQ-450 Hermes, adquirido pela FAB, foi um dos atores principais ajudando a coordenar os ataques a pistas de pouso clandestinas na fronteira do Brasil com a Colômbia em parceria com os avançados jatos E-99 Guardião. Ataques estes que aconteceram inclusive à noite com o emprego de sensores infravermelhos e óculos de visão noturna por parte de aeronaves A-29, perfeitamente adaptadas para operar integradas com VANT e os E-99.

O próximo passo já foi dado. O Brasil começa a projetar e desenvolver VANTs de maior porte e capazes de executar tarefas altamente automatizadas, e principalmente, o país passa a pesquisar novos sensores e tecnologias de detecção embarcada para emprego com VANT, inclusive inovando em áreas como sensoriamento remoto usando radares de abertura sintética (SAR) nas bandas X e P (Orbisat).

Empresas como a Santos Lab (Carcará II) e a Avibras (Falcão) preparam novos e modernos VANT capazes de cumprir um variado leque de missões táticas ou estratégicas. No setor de pequenos VANT de emprego pela infantaria no campo de batalha ou para uso em áreas urbanas, os avanços tem sido muito rápidos e consistentes. Embarcados com câmeras de alta tecnologia e sistemas de inteligência de última geração, os Vants são capazes de gerar imagens em alta definição a altitudes bastante elevadas – voam a até dez mil metros – tornando-se invisíveis a olho nu. Por isso, eles têm se tornado aliados importantes em ações típicas de Estado como o combate ao contrabando, ao tráfico de drogas e de armas, ao desmatamento e à pesca ilegais e o policiamento de fronteiras.

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