(Infodefensa.com) R. Caiafa, Sao Paulo - O Ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, durante visita a Colômbia, informou a intenção de compra de quatro lanchas patrulha fluviais que serão empregadas na vigilância dos rios fronteiriços daquela região de selva amazônica. Juan Carlos Pinzon, ministro da Defesa colombiano, considerou a compra Uma mensagem política muito importante para os dois países. A parte a excelência do material colombiano, desenvolvido com a larga experiência de combate de selva adquirida pelas suas forças armadas na luta contra a narcoguerrilha, a aquisição destas embarcações mostra o endurecimento das ações de fronteira dos dois países.
Na atualidade, o Brasil lidera o desenvolvimento e domínio de várias tecnologias na América do Sul, e o governo da presidente Dilma Rousseff vem mantendo uma estratégia de operações militares em sistema de rodízio nas diferentes regiões de fronteiras brasileiras, visando coibir o contrabando, tráfico de drogas e armas, evasão de riquezas naturais, biopirataria e crimes ambientais. Com a cooperação de vários órgãos do governo federal, uma frente de ações de choque do estado chega a quarta edição da Operação Àgata.
Além disso, o Brasil vem se tornando fornecedor de armamentos para vários dos seus vizinhos, caso da Colômbia, que já utiliza, há muitos anos, blindados brasileiros Cascavel. Mais recentemente, a Força Aérea Colombiana transformou o A-29 Super Tucano, fabricado pela Embraer, na principal arma que matou diversos líderes das FARC que se julgavam protegidos em bases escondidas na selva. Portanto, a compra de material colombiano pelo Brasil abre novas possibilidades para que os demais países sulamericanos também possam vender material militar de qualidade ao governo brasileiro e suas forças armadas.
Amorim também anunciou que o Brasil está interessado na construção de um modelo de barco patrulha em parceria com a Colômbia, para ser utilizado na Amazônia, projeto previsto para ser uma realidade em dezembro de 2014. Por sua vez, o ministro colombiano disse que na reunião foi discutido um "centro integrado único para a segurança na região amazônica", que pode incluir outros países interessados, incluindo Peru.
Os projetos de cooperação de defesa entre os dois países também podem se estender à aviação militar, disse o brasileiro, já que Brasil e Colômbia "tem interesse" no desenvolvimento de um caça a jato, projeto que conta com a participação da Argentina, que atualmente desenvolve o jato de treinamento e ataque Pampa II.