Navios de Apoio Oceânico Classe Mearim são incorporados à Marinha do Brasil
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Navios de Apoio Oceânico Classe Mearim são incorporados à Marinha do Brasil

As três embarcações foram anteriormente utilizadas pela Petrobras em seus campos e foram vendidas por R  82,8 milhões US  24 milhões.
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Os Navios de Apoio Oceânico (NApOc) “Mearim”, “Iguatemi” e “Purus” foram batizados e participaram de Mostra de Armamento e Transferência para o Setor Operativo, no último dia 9 de julho, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.

A cerimônia foi presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior.

O evento representou a incorporação do navio à Armada da Marinha do Brasil (MB) e, de acordo com a tradição naval, o batismo por uma madrinha traz sorte à embarcação.

O processo de aquisição dos Navios de Apoio Oceânico classe “Mearim” teve início no final de 2016, por meio de reuniões entre o Comando de Operações Navais (ComOpNav), a Diretoria de Gestão de Programas (DGePM) e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON).

Inicialmente, a intenção era arrendar três rebocadores para a Marinha.

Após uma averiguação minuciosa no mercado, realizada pela EMGEPRON, para verificar quais navios do tipo Anchor Handling Tug Supply (AHTS) estariam disponíveis, verificou-se a existência de 147 embarcações, porém nenhuma delas atendia aos requisitos apresentados pelo Setor Operativo.

Em novo estudo realizado, foram alterados os requisitos de maneira a permitir a continuidade do processo.

Foi realizado um pregão eletrônico internacional para aquisição de três navios, sob a responsabilidade da EMGEPRON. A vencedora do certame foi a empresa norueguesa Deep Sea Shipowing, com os AHTS “Sea Stoat”, “Sea Vixen” e “Sea Fox”.

As embarcações foram anteriormente utilizadas pela Petrobras em seus campos e foram vendidas a um preço de R $ 82,8 milhões (US $ 24 milhões).

Construídos entre 2010 e 2011 na ABG Shipyards, na Índia, os AHTS têm 63 metros de comprimento e uma tração de amarração de aproximadamente 90 toneladas.

A Marinha do Brasil pretende usar os navios para serviços de busca e salvamento e reboque oceânico, mas eles também podem ser usados para o reabastecimento de navios no mar, e em tempos de guerra, cumprir missões de guerra de minas.

Cabe destacar que a obtenção dos Navios de Apoio Oceânico (NApOc) “Mearim”, “Iguatemi” e “Purus” foi decorrente de um inédito processo de compra por oportunidade para a Marinha do Brasil, realizada pela EMGEPRON.

Os NApOc “Mearim”, “Iguatemi” e “Purus” estão aptos a desempenhar as seguintes tarefas: apoio logístico móvel, patrulha e inspeção naval, busca e salvamento – “Search and Rescue” (SAR) e minagem, nas áreas do Comando do 5º Distrito Naval (NApOc “Mearim”), Comando do 4º Distrito Naval (NApOc “Iguatemi”) e Comando do 1º Distrito Naval (NapOc “Purus”).

Os Navios possuem as seguintes características:

- Características:

. Comprimento Total: 63,40 m

. Comprimento Entre Perpendiculares: 56,53 m

. Boca Moldada: 15,80 m

. Pontal: 6,80 m

. Deslocamento Carregado: 1.943 t

. Calado de Navegação: 5,5 m

. Velocidade Máxima:13,5 nós

- Principais Equipamentos para Realização das Tarefas:

. 02 metralhadoras 12,7 mm (0,50 pol)

. 02 metralhadoras 7,62 mm

. Máquina de Reboque com Bollard Pull de aproximadamente 90 t

O Navio de Apoio Oceânico (NApOc) “Mearim”G 150 é o primeiro navio da classe e o sexto a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Rio Mearim que banha o estado do Maranhão.

O Navio de Apoio Oceânico (NApOc) “Iguatemi” – G 151 é o segundo navio da classe e o quarto a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Rio Iguatemi que banha o estado do Mato Grosso do Sul.

O Navio de Apoio Oceânico (NApOc) “Purus” – G 152 é o terceiro navio da classe e o terceiro a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Rio Purus que banha os estados do Acre e Amazonas.

A escolha do indicativo visual de costado (G 150, G 151, G 152), é uma homenagem ao sesquicentenário das diversas ações ocorridas na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870).

Observação do autor: Com a entrega destes novos meios, e de acordo com o texto divulgado, a capacidade de guerra de minas ofensiva/defensiva no 5º, 4º e 1º Distritos Navais receberá um significativo reforço, pois passarão a contar com um meio capaz de lançar uma expressiva quantidade de minas de contato e/ou de fundeio.

Imagens: Marinha do Brasil



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