Almte. I. Barbosa Marinha do Brasil: "Queremos uma Base Industrial de Defesa nacional ativa" 2
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Almte. I. Barbosa Marinha do Brasil: "Queremos uma Base Industrial de Defesa nacional ativa" 2

El Comandante da Marinha do Brasil, almirante Ilques Barbosa Junior. Foto: Roberto Caiafa
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Na segunda parte da entrevista do Infodefensa.com com o comandante da Marinha do Brasil, almirante Ilques Barbosa Junior, continuamos desenrolando os principais temas que constam do recém-publicado Programa Estratégico da Marinha do Brasil (PEM 2040).

Nesta nova edição abordaremos construção naval militar, defesa cibernética de novas mídias, veículos subaquáticos operados remotamente, entre outras novas tecnologias.

Como o Sistema de Gestão da Amazônia Azul (Sisgaaz) aborda o combate no mar e a defesa dos interesses marítimos no PEM 2040?

O combate no mar e no mar é uma definição acadêmica que trata da proteção de um espaço marítimo, sem esquecer que a interrupção do fluxo da livre navegação e comunicação nos oceanos terá consequências em outras regiões onde haverá inevitavelmente racionamento e dificuldades. A dualidade de Sisgaaz resulta de quatro aspectos, e o meio ambiente é um deles. O segundo aspecto é o econômico. Nosso sistema hidroviário portuário marítimo continua operando durante a pandemia, trazendo energia, fornecendo insumos, exportando nosso agronegócio, mantendo o fluxo de nossa economia. O terceiro aspecto é a ciência e a tecnologia, das quais dependemos para entender nosso mar, e o quarto é a soberania. No chamado Mar Territorial, a cinco quilômetros de distância, tudo em cima, em dentro e em baixo é seu. Doze milhas à frente está a zona contígua (24 milhas), já existe uma redução dos direitos, mas ainda existem deveres. Na Zona Econômica Exclusiva (200 milhas), já existem considerações jurídicas muito mais complexas, mas em qualquer caso um estado costeiro tem jurisdição sobre essas águas de alguma forma, incluindo a Plataforma Continental Estendida, que vai um pouco mais longe. No Atlântico Sul, as potências navais de calado raso não navegam, pelo contrário, potências marítimas com capacidades nucleares, econômicas e científicas reconhecidamente consolidadas em suas águas. São desafios desta magnitude, da magnitude do Brasil, que mostram a dualidade do Sisgaaz e seus quatro aspectos, considerando os dois paradigmas mencionados, o combate no mar e a defesa dos interesses marítimos.

Em que situação se encontra o Programa de Embarcações de Aeródromos (Pronae)?

Este é um enorme desafio tecnológico e voltarei a pergunta com outra pergunta: Qual é o futuro da aviação de combate? É um drone com inteligência artificial? Será um piloto de avião como o vemos hoje ou uma mistura dos dois, um tripulante no comando de um enxame de drones? Esta nave deve ter uma capacidade de defesa monumental, em três dimensões. Terá de se defender contra sistemas de satélites e armas espaciais, mísseis hipersônicos e armas de energia a laser, entre outras novas ameaças. Portanto, seu sistema defensivo deve ser sólido. Não consigo imaginar um trabalho estratégico que apoie esta decisão, neste momento, da Marinha do Brasil.

Que opções existem em um navio aeródromo um pouco menor?

Aeronave de decolagem vertical. O porta-helicópteros multiuso da Atlantic tem essa capacidade. Um local (ponto de pouso e decolagem) foi preparado quando o navio ainda era propriedade dos ingleses. Portanto, se o V-22 Osprey chegasse ao Brasil, por exemplo, operaria no Atlântico sem maiores problemas. Ao mesmo tempo, o desafio de mísseis lançados ao solo ou aeronaves terrestres, com alcance de 400 km ou mais, só complica a situação. Os drones não têm uma carga útil que permita cargas explosivas capazes de afundar um navio, mas podem, por exemplo, carregar um radar específico e assim ver centenas de quilômetros além, algo muito necessário para quem não tem satélites. Portanto, se necessário, o A-140 poderá operar tanto drones quanto aeronaves pilotadas com decolagem vertical, tudo em profunda sintonia com a Força Aérea Brasileira por sua experiência neste tipo de sistema, na operação de satélites e na operação do P-3AM de quatro motores. Esse conjunto de defesas sobrepostas fortalece a posição do Brasil como um todo. Portanto, as três opções permanecem em pauta, o tempo é aguardar, estudar e verificar quais caminhos seguir.

Quais etapas devem ser executadas para criar o Esquadrão de Defesa Cibernética?

A defesa cibernética é uma missão primária do Exército Brasileiro e nossa interação com eles para estabelecer capacidades e doutrinas tem sido fundamental. A Marinha criou recentemente o Comando de Operações Especiais da Marinha e entre essas missões de grande alcance está a guerra cibernética. O Cyber ​​Defense Squad é embrionário em Operações Especiais, apesar da maior visibilidade das armas e outros meios por eles empregados. É uma área de excelência dinâmica, em constante mudança, e por meio de exercícios e intercâmbios com o Exército temos ampliado essas capacidades. Ainda não temos data para aprovar a criação da unidade, mas está acontecendo.

Os veículos submarinos pilotados remotamente entram na equação de guerra de mineração e contramedidas de mineração?

A caça às minas ou mineração defensiva está em nossa agenda. O Senai-Cecotec e a USP desenvolvem drones subaquáticos relevantes para essas atividades. Os navios de hoje que realizam guerra contra minas e contramedidas de mineração têm altos custos de aquisição e se queremos uma Base Industrial de Defesa nacional ativa, temos que trabalhar nisso. Portanto, estamos estudando essa parte dos drones subaquáticos com essas duas instituições acadêmicas. Os desenvolvimentos locais tendem a ser mais baratos, apesar de um prazo de entrega mais longo, mas sabemos que os resultados funcionais podem ser tão bons quanto comprar algo pronto de fora. É por isso que temos repetidamente feito comentários negativos aos fabricantes que apresentaram propostas de varredores de minas e drones subaquáticos, cujo custo é muito alto e corremos o risco de adquirir algo para descobrir que estamos novamente desatualizados pouco tempo depois. Vamos trabalhar nisso com a indústria e o meio acadêmico nacional, vai levar mais tempo e às vezes ficamos temporariamente sem tripulação, mas a entrega de capacidades com controle total da Marinha compensa em grande parte essas dificuldades.



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