Brasil, o 15º maior cliente da indústria de defesa francesa na última década
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Brasil, o 15º maior cliente da indústria de defesa francesa na última década

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O Brasil afirmou-se entre 2010 e 2019 como o 15° maior importador de material de defesa com origem na Base Tecnológica e Industrial da Defesa (BTID) francesa. A informação foi revelada no Relatório ao Parlamento sobre as Exportações de Armamento da França divulgado pelo Ministério das Forças Armadas da França no dia 2 de Junho.

O documento indica que nesse período o valor das encomendas Brasileiras atingiu 1.31 bilião de euros.

Todas as exportações de equipamentos de defesa realizadas pela BTID francesa são previamente autorizadas pelo Governo Francês após aprovação recebida da Comissão Interministerial para o Estudo das Exportações de Materiais de Guerra (CIEEMG).

Aproximadamente 63% das exportações foram de equipamentos incluídos na categoria ML4, na qual constam mísseis, torpedos, bombas, foguetes, outros dispositivos, cargas explosivas, materiais e acessórios associados e seus componentes especialmente concebidos.

Exportações francesas no brasil

Entre os sistemas de armas exportados para o maior e mais populoso país do continente Sul-Americano durante esse período fizeram parte o navio anfíbio FS "Siroco" da Marinha Francesa (renomeado NDM "Bahia"), as lanchas de desembarque CTM 14 e CTM 17 (renomeadas EDVM "Icaraí" e EDVM "Muriqui" respetivamente) e CDIC "Hallebarde" da Marinha Francesa (renomeadas EDCG "Marambaia"); intercomunicadores veiculares Thales SOTAS IP; mísseis anti-navio MBDA Exocet AM39 Block 2 Mod 2 para os helicópteros Airbus Helicopters AH-15B Super Cougar da Marinha do Brasil, assim como a atividade e sistemas de integração do míssil no helicóptero; mísseis anti-navio MBDA Exocet SM39 Block 2 Mod 2 para os submarinos S-BR da Classe Riachuelo; motores para os mísseis superfície-ar MBDA Aspide; três helicópteros Airbus H135; armas de precisão de 12.7x99mm PGM Précision Hécate 2; e o satélite de comunicações Thales Alenia Space SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) operado nas bandas X e Ka.

Empresas como a Thales e Safran fornecem equipamentos para a modernização de helicópteros do Exército Brasileiro, assim como para plataformas aéreas de recente incorporação pelo Brasil, como o Embraer KC-390 Millennium, Airbus SC-105 Amazonas e Airbus H225M.

No contrato para os armamentos do caça Saab Aeronautics F-39 Gripen E/F celebrado em 2015 entre a Comissão Coordenadora do Projeto Aeronave de Combate (COPAC) da Força Aérea Brasileira (FAB) e a Saab por um valor de 245.32 milhões de dólares, estima-se que foram adquiridos mísseis ar-ar MBDA Meteor.

Contratações nos restantes países Latino-Americanos

Outras nações Latino-Americanas adquiriram e receberam diversos sistemas de armas com origem na indústria de defesa do país Europeu.

A Argentina recebeu em Dezembro de 2019 o primeiro de quatro navios de patrulha oceânica do tipo OPV 87 adquiridos da Naval Group em Junho de 2018, o "L'Adroit" e agora A.R.A. "Bouchard", e deverá receber a partir de 2021 as três restantes unidades. Foram igualmente adquiridos cinco caças Super Etendard Modernisé (SEM) da Marinha Francesa e radares de vigilância terrestre Thales GO 80.

O Chile recebeu o navio anfíbio FS "Foudre" (renomeado LSDH 91 "Sargento Aldea") da Marinha Francesa, helicópteros Airbus H215M, radares terrestres 3D de vigilância aérea ThalesRaytheonSystems GM 403, mísseis superfície-superfície MBDA Exocet MM40 Block 3, viaturas blindadas 4x4 Arquus PVP/Dagger e lanchas de desembarque do tipo CTM e CDIC da Marinha Francesa.

A Colômbia adquiriu peças de artilharia rebocadas de 105mm 105 LG1 Mk III da Nexter Systems, simuladores navais e viu as suas fragatas FS1500 da Classe Almirante Padilla modernizadas com o apoio da Thales e Naval Group.

A Airbus forneceu diversos helicópteros para outros países Latino-Americanos, incluindo os modelos AS332 C1a Super Puma e H145 para a Bolívia; AS550 C3 Fennec, H215, H145M e H125 ao Equador; e H225M e AS565 MB Panther no México.



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