A Marinha e o Exército do Brasil apresentam suas necessidades materiais nas próximas duas décadas durante conferência anual de defesa
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A Marinha e o Exército do Brasil apresentam suas necessidades materiais nas próximas duas décadas durante conferência anual de defesa

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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) - A Marinha e o Exército do Brasil anunciaram aos representantes da indústria de material de defesa do país suas necessidades para as próximas duas décadas (strategic review), durante a Conferência Anual da Defesa. As necessidades de equipamento foram quantificadas em 20 submarinos, 48 ??jatos de combate multimissão, 62 navios entre vários modelos, de tipos para patrulha fluvial e oceânica até grandes navios logísticos, e o incremento da pesquisa e desenvolvimento em nanotecnologia, robótica, inteligência artificial e fusão de dados, entre outros exemplos.

A Conferência Anual de Defesa contou com a participação de representantes das forças armadas e representantes da indústria de defesa, todos discutindo as perspectivas do Plano Nacional de Defesa (PND). "Não podemos mais contar com as chamadas compras de oportunidade", afirmou o consultor da Fipecafi, Sr. Bruno Pereira. “O Exército e a Marinha têm mostrado mais maturidade na avaliação da demanda futura levando em conta aspectos como a capacidade operacional e reconhecendo que a realocação de esforços envolve processos de aquisição complexos que devem ser muito bem planejados."

Durante a Conferência, o Exército e a Marinha apresentaram o perfil dos equipamentos que pretendem adquirir no futuro. A lista da Marinha inclui 20 submarinos, incluindo seis do tipo nuclear, e uma frota renovada de aviões de vários tipos. Apenas a compra de aeronaves de intercepção e ataque deverá contabilizar 48 unidades até o ano de 2027. Três tipos de barcos de patrulha também estão cotados. Entre todas as compras serão 62 embarcações adquiridas até 2030. Também se planeja a compra de mais helicópteros e aquisição de tecnologias nas mais diversas áreas, dentre outros equipamentos.

"Nosso plano é muito ambicioso. Você não pode comprar tudo de uma vez, mas vamos priorizar o grupo de navios no âmbito do PROSUPER", disse o coordenador do Programa de Modernização e CEO do material da Marinha do Brasil, o almirante Rodolfo Henrique de Sabóia. O oficial também citou alguns objetivos para o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, concebido para monitorar e controlar o espaço aéreo e marítimo brasileiro. "É uma chance de se recuperar e incentivar o crescimento da base industrial de defesa já instalada, e aumentar o investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação no nosso país, através da expansão do desenvolvimento das Forças Armadas, concluiu Sabóia.

Enquanto isso, o General de Brigada Walmir Almada Schneider, membro do Estado Maior do Exército, falou sobre as aquisições pretendidas pelo Exército: "Temos de estar na fronteira do conhecimento em quatro áreas: nanotecnologia, robótica, inteligência artificial e fusão de dados. Esta é uma realidade desafiadora vivenciada por todos os exércitos do mundo". Para Schneider, o aspecto humano é fundamental para o melhor uso da tecnologia, principalmente do setor cibernético. "Queremos jovens com o conhecimento da situação, capazes de assimilar mais facilmente a tecnologia, porque a revisão do nosso perfil militar é contínua", Segundo o general, é uma prioridade  aumentar o peso que a informação terá para a sobrevivência em combate do soldado do futuro, em meio a fatores como a possibilidade de guerra cibernética.

Sobre a participação da indústria, o consultor Bruno Ferreira fez uma comparação com a realidade de outros países. "Em todo o mundo, a expansão da indústria de defesa passa necessariamente pela redução de laboratórios do governo e maior envolvimento da iniciativa privada em pesquisa e desenvolvimento", disse ele. "A indústria deve um passo a frente e fazer sugestões para as Forças, criando demandas. A indústria de defesa nacional deve ter uma postura pró-ativa", disse o consultor.

A Conferência Anual da Defesa foi promovida pela Clarion Events, com patrocionio da Denel do Brasil, Oscar iSkin, General Dynamics, Cristianini CBRN, Northrop Grumman e ISDS.

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