O Exército Brasileiro começa a testar Guarani blindado com torre de canhão 30 mm de Elbit Systems
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O Exército Brasileiro começa a testar Guarani blindado com torre de canhão 30 mm de Elbit Systems

Guarani IVECO LAAD20112
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(Infodefensa.com) Por R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) – No dia 17 de junho corrente, o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro (AGR) recebeu a viatura protótipo do Projeto da Nova Família de Blindados de Rodas, do Exército Brasileiro, para a instalação da torre estabilizada não tripulada dotada de canhão 30 mm UT30 BR.

A torre foi montada no AGR pela empresa ELBIT e integrada ao carro produzido pela IVECO para início de testes pelo Centro de Avaliação do Exército Brasileiro (CAEx), quando será então enviado ao centro de testes e avaliação da Marambaia, no litoral do Rio de Janeiro, um ambiente extremamente exigente para qualquer tipo de veículo.

Em fins de 2012 deverá ser entregue o primeiro veículo dos 16 previstos para o lote piloto.

A atual versão apresentada, equipada com torre giro estabilizada UT 30 BR de 30 mm de conceito israelense, representa o estado da arte em veículo blindado transporte de tropas e possui as seguintes características na sua versão básica inicial de produção:

– Capacidade para transporte de 13 homens. – Peso bruto: 15 t – Peso carga útil: 3 t – Trem de rolamento: 6x6 – Motor: 300 HP – Anfíbia – Transportável em aeronave C 130 – Hércules e EMBRAER KC-390 – Velocidade máxima: 100 Km/h – Proteção blindada contra projéteis 7,62 x 51 AP, podendo receber blindagem adicional. – Armazenamento: torre com canhão 30 mm ou metralhadora 7,62 ou .50 acionada remotamente.

Origem veículo

Nos final dos anos oitenta, o Exército Norte Americano (US Army) estudava suas necessidades para as próximas duas décadas, e vislumbrava a necessidade de novos veículos blindados de transporte de tropas, posto que o veterano M-113, ícone da mobilidade mecanizada dos exércitos ocidentais, apresentava sinais claros de obsolescência de conceito e projeto.

Tal programa, conhecido como Brigadas Striker, deu origem a uma família de veículos sobre rodas 8x8 equipados para as mais diferentes tarefas no campo de batalha. Versões de reconhecimento e/ou transporte de tropas, carro morteiro, carro comando, veículo antitanque armado com mísseis, veículo de engenharia, veículo centro médico, e mesmo caça tanques usando torreta dotada de canhão de grande calibre, dentre outras, foram desenvolvidas e entregues ao exército norte americano, US Marines Corps, Forças Especiais, etc. Tais blindados influenciaram a criação e produção de toda uma nova geração de veículos de combate sobre rodas equipados com itens de alta tecnologia, nos exércitos de vários países aliados.

As forças armadas brasileiras projetaram, construíram e utilizaram toda uma família de blindados de combate 6x6 sobre rodas nos anos setenta e oitenta. Nomes como Cascavel (carro de reconhecimento equipado com canhão de 90 mm) e Urutu (versões transporte de tropas, comando, morteiro, engenharia, comunicações, etc) se tornaram populares em toda a América do Sul, e mesmo no oriente médio e áfrica. O país chegou a desenvolver um MBT (Main Batlle Tank) sobre lagartas, o Osório, considerado por muitos especialistas como superior as primeiras versões do M-1 Abrans, mas que acabou preterido em uma concorrência internacional aberta na Arábia Saudita pelo modelo norte-americano, ditando assim o fim do programa com apenas dois protótipos construídos e a falência da empresa brasileira Engesa.

No atual Plano Nacional de Defesa lançado pelo governo brasileiro, as missões destinadas ao Exército Brasileiro compreendem a necessidade de uma alta mobilidade de meios de combate capazes de serem transportados por via aérea para qualquer parte do país em questão de horas, em estreita cooperação com a Força Aérea. Tal conceito necessitava de um novo veículo de combate de concepção moderna, e que incorporasse os avanços tecnológicos e as lições de duas décadas de combates registrados no Iraque, Afeganistão, oriente médio, etc.

O Exército escolheu o veículo IVECO

Capaz de ser aerotransportado sem precisar de desmontagem de partes, o novo blindado deveria ser tão leve quanto possível, oferecer excepcional grau de mobilidade e proteção balística para a sua tripulação e receber itens de alta tecnologia capazes de prover grande poder de fogo e excelentes índices de sobrevivência e persistência em combate, tudo com o menor custo possível, manutenção facilitada e ciclo de vida do programa de pelo menos quatro décadas.

Após dezenas de estudos, o Exército Brasileiro decidiu-se por uma configuração 6x6 sobre rodas da empresa italiana IVECO, levando-se em conta também a malha rodoviária brasileira, largura e capacidade de suportar peso de pontes, despesas de manutenção e custeio, e a capacidade da indústria brasileira de fornecer componentes do carro.

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