Forças Armadas brasileiras expandir a ação os seus sistemas mais recentes na tri-fronteira
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Forças Armadas brasileiras expandir a ação os seus sistemas mais recentes na tri-fronteira

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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) - Contando toda a faixa de fronteira da região sul como área de atuação, a Operação Ágata II reforçou as ações de combate aos ilícitos transnacionais fronteiriços na crítica divisa entre Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. A operação, que integra o Plano Estratégico de Fronteiras, lançado pela presidenta Dilma em junho, teve início na última sexta-feira (16/9), com o uso de 30 aeronaves e a participação de cerca de 10 mil militares divididos entre a Força Aérea, a Marinha e o Exército. Ao contrário da Operação Ágata I, realizada em um ponto fixo junto à fronteira da Colômbia, a segunda etapa utilizará patrulhas móveis, deslocadas a partir de informações obtidas por inteligência direta, satélites, aviões radares e de um Vant ou ARP.

Cerca de 11 milhões de brasileiros vivem nos 710 municípios da faixa de fronteira. Dos 16 mil quilômetros da linha limítrofe, 9,5 mil são permeados por rios que nascem nos países vizinhos e descem em direção ao território nacional, servindo como rotas de atuação do crime organizado. Para enfrentar o problema, os ministérios da Defesa e da Justiça definiram 34 pontos de vulnerabilidade, que serão cobertos pelas Forças Armadas. Segundo o General de Exército Carlos Bolivar Goellner, Comandante Militar do Sul e das forças conjuntas, foram instalados postos de controle e fiscalização em toda a faixa abrangida pela operação “As vias principais, os pontos focados pela inteligência, aqueles locais mais previsíveis estarão sendo monitorados”, destacou. “E onde não tivermos tropas, serão monitorados pela inteligência” afirma o militar.

No caso da fronteira com o Paraguai, problemas clássicos como o tráfico de drogas, armas e munições se somam ao vultoso comércio de veículos roubados no Brasil e vendidos naquele país com a maior facilidade. Na região da cidade de Foz do Iguaçu, a chamada Tríplice Fronteira apresenta uma grande comunidade de origem muçulmana que atua com forte presença comercial em Ciudad Del Leste (Paraguai), mas vivendo no lado brasileiro (Foz do Iguaçu). Dentre os crimes mais comuns registrados, figuram a pirataria tecnológica, o contrabando, lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, crimes ambientais e a exploração sexual. Além disso, permanece a velada ameaça terrorista de extremistas islâmicos ligados a movimentos radicados no Líbano (Hesbollah) e Palestina (Hamas), e infiltrados na região.

Neste cenário, as Forças Armadas Brasileiras, em conjunto com forças de segurança federais, estaduais e municipais, montaram enorme esforço logístico operativo empregando os militares para reforçar as ações de combate aos ilícitos transnacionais fronteiriços verificados naquela região. Deve-se ressaltar que o Brasil enviou emissários diplomáticos a todos os países do cone sul para informá-los oficialmente das ações militares ora em execução. Na verdade, a Marinha, o Exército e a Força Aérea Brasileira demonstram na prática o elevado grau de interoperabilidade entre as forças, inclusive testando novos conceitos.

O ARP RQ-450 Hermes, introduzido recentemente pela FAB, tornou-se o diferencial tecnológico das operações, caracterizado pelo ambiente extremamente severo e com condições climáticas nem sempre favoráveis, além das grandes distâncias de voo com poucas alternativas de pouso, dentre outras dificuldades de emprego. Sem tripulantes a bordo, o RQ-450 pode fazer voos de até 16 horas e captar imagens em cores ou em infra-vermelho. Outra vantagem é que a aeronave pode fazer isso a uma distância onde se torna impossível de ser vista ou escutada.

Com velocidade máxima de 95 km/h, o RQ-450 pode voar a até 18.000 pés de altitude (aproximadamente 5.500 metros de altitude) sem ser detectado pelo seu objetivo no solo. Um RQ-405 foi deslocado para Santa Rosa, base avançada da FAB durante a Ágata II. A partir dali, são realizados voos que coletam informações de inteligência utilizadas em missões da Força Aérea, do Exército, da Marinha e dos órgãos de segurança pública. Tudo o que está acontecendo na região da fronteira sobrevoada pelo RQ-450 da FAB é transmitido em tempo real para Canoas, cidade do estado do Rio Grande do Sul próxima a fronteira e base onde está montado o Centro de Comando da Operação Ágata II.

A 15ª Brigada de Infantaria Motorizada participa da Operação Ágata II com seus elementos de manobra desdobrados numa faixa que se estende por aproximadamente 400 km de fronteira com a Argentina e o Paraguai. Com a finalidade de garantir mobilidade e surpresa nas ações de combate aos crimes transfronteiriços e ambientais na fronteira oeste do Paraná, a brigada está sendo apoiada por helicópteros do 2º Batalhão de Aviação do Exército (2º BAvEx) que deslocou para a área de operações três aeronaves, sendo um helicóptero HÁ-1 Fennec, um HM-1 Pantera e um HM-3 Cougar, tipos que permitem o deslocamento de frações de tropa para a ocupação rápida e inopinada de um Ponto de Bloqueio e Controle de Estradas, como está ocorrendo nos municípios nas proximidades de Foz do Iguaçu, cidade do estado do Paraná localizada na chamada “Tríplice Fronteira”.

Para defender o espaço aéreo contra voos ilícitos, a FAB utiliza aviões de caça F-5EM e A-29 Super Tucano deslocados em Dourados (Mato Grosso do Sul) e Maringá (Paraná), cidades próximas à fronteira com o Paraguai, além de aeronaves das bases aéreas de Canoas e Campo Grande. Nessa missão também é empregada a rede de radares do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2), de Curitiba (Paraná).

A Marinha do Brasil está empregando na Operação Ágata II o Monitor “Parnaíba”, os Navios-Patrulha “Benevente”, “Poti” e “Pirajá”; o Navio de Assistência Hospitalar “Tenente Maximiano”, o Navio de Apoio Logístico Fluvial “Potengi”, o Aviso de Transporte Fluvial “Piraim”, as Lanchas de Apoio ao Ensino e Patrulha “Anhuma”, “Saracura”, “Mutum”, “Corvina”, “Piava” e “Piraúna”, além de outras lanchas e flex-boats. Estão sendo utilizados, ainda, os Helicópteros UH-12 “Esquilo” e IH-6B “Jet Ranger” em ações de fiscalização a embarcações. Neste período, a Marinha utilizará, ainda, Navios de Assistência Hospitalar em Ações Cívico-Sociais direcionadas a populações carentes de diversas localidades. O propósito é fortalecer a presença do Estado e das Forças Armadas na região. Estão sendo realizadas, também, ações de interdição de pistas de pouso irregulares, atracadouros clandestinos, bloqueio e controle de estradas, reconhecimento especializado de fronteira, revista de veículos, embarcações e interceptação de aeronaves suspeitas. Estas tarefas estão sendo executadas de forma integrada pelas Forças Armadas, Agência Brasileira de Inteligência (ABIn), polícias Civil e Militar do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul (estados da região sul mais um do centro oeste), Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).

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