A classe Tamandaré, 610 milhões de dólares bloqueados
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A classe Tamandaré, 610 milhões de dólares bloqueados

Indústrias catarinenses de diversos setores participaram do encontro na FIESC foto: Filipe Scotti
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Empresários catarinenses do setor naval, durante reunião do Comitê da Indústria da Defesa (Comdefesa) da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), ouviram do diretor de Projetos da Marinha do Brasil, vice-almirante Petrônio Augusto Siqueira de Aguiar, compromisso de que o bloqueio (contingenciamento) de verbas do Governo Federal para a pasta da Defesa não afetará o projeto de construção de quatro navios da Marinha (Escoltas Tamandaré) em Itajaí.

O almirante Petrônio confirmou que o recurso previsto para a empreitada, de R$ 2,5 bilhões (dois e meio bilhões de reais), está contingenciado no momento, a Marinha apostando numa reversão deste quadro no segundo semestre.

Principal atingida pelo bloqueio de verbas no setor de Defesa, que soma R$ 13 bilhões desta feita, a Marinha do Brasil precisa concretizar até o final de 2019 a entrega dos recursos para as corvetas através da Emgepron, empresa de projetos da Força que negocia os termos do contrato com o consórcio Águas Azuis, vencedor da concorrência pública para construção das embarcações.

O grupo tem entre as consorciadas a alemã Thyssenkrupp Marine e a Embraer, que atuará como main contractor brasileira e integradora final de sistemas. Em Itajaí, a construção em si das escoltas ficará a cargo do Estaleiro Oceana.

A assessoria de imprensa da Thyssenkrupp Marine informou que o consórcio não vai se manifestar sobre o bloqueio do recurso previsto para a construção das corvetas.

Por sua vez, o diretor de Projetos da Marinha reafirmou mais uma vez que o prazo para assinatura dos contratos continua sendo até dezembro deste ano, como estava previsto quando anunciado o consórcio vencedor em abril último (LAAD 2019).

A previsão é que a construção dos navios comece em 2020, com o primeiro sendo entregue em 2024.

As escoltas classe Tamandaré terão como projeto base a corveta alemã Meko A100, adaptada às necessidades da Marinha do Brasil.

No processo de escolha de projeto, a Marinha determinou que cada navio alcance, no mínimo, 30% a 40% de conteúdo nacional – movimentando assim a cadeia de fornecedores brasileiros para o setor naval.

Segundo o almirante Petrônio “a expectativa da Marinha é obter um percentual de conteúdo nacionalizado que aumente a cada navio entregue, trazendo desenvolvimento tecnológico e criação de empregos diretos e indiretos. Com as discussões atualmente em aberto no parlamento, onde frentes parlamentares de apoio ao setor de Defesa estão atuando, espera-se que essa questão seja normalizada e as condições de assinaturas contratuais sejam mantidas”, afirmou o diretor de Projetos.

Essa também é a expectativa dos empresários ligados a construção naval na região.

A previsão é que sejam gerados dois mil empregos diretos em Itajaí e, no auge da produção, até seis mil empregos indiretos.

Para que isso ocorra, segundo esses mesmos empresários, é imperativo desbloquear os recursos.



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