As Forças Armadas brasileiras estão usando sua capacidade logística por via aérea para minimizar os efeitos da pandemia Covid-19 no estado do Amazonas e sua capital, Manaus, cujo sistema de saúde tem sido sobrecarregado nos últimos anos.
Nesse sentido, a Força Aérea Brasileira implantou aeronaves Embraer KC390 Millennium, Hercules C-130, Airbus C-295/C-105 Amazonas e Embraer C-99, após o Governo estabelecer a chamada Ponte Aérea da Vida entre os principais centros urbanos brasileiros e a cidade de Manaus.
Entre as tarefas realizadas pela aeronave KC-390, está o transporte, do Rio de Janeiro e Recife (PE), de 4,3 toneladas de materiais hospitalares, como leitos, tendas e geradores para montagem de instalações sanitárias complementares no Hospital Delphina Rinaldi Abdel Azizi, com objetivo de ampliar a capacidade de atendimento médico em Manaus.
Além disso, no último final de semana, duas aeronaves C-105 transferiram 115 cilindros de oxigênio de Belém para Manaus, totalizando 6,9 toneladas de carga. Um avião C-130 também transportou 10 tanques e um gerador de oxigênio de Brasília para a capital amazonense. A carga total foi de 13,5 toneladas.
Outra aeronave KC-390 transportou cinco tanques de oxigênio líquido de São Paulo, que exigem muito cuidado no manuseio e embalagem. Para esta missão, o Millennium KC-390 possui uma válvula de segurança especial para o transporte deste tipo de materiais.
A Força Aérea já recebeu quatro aeronaves KC-390 entregues pela Embraer. Três estão no Brasil trabalhando no Puente Aéreo de la Vida e uma está nos Estados Unidos para participar do exercício Culminating.
Assim, tanto por motivos de viés humanitário e logístico, quanto por questão de efetivo emprego militar operacional, a aeronave chegou à Aeronáutica em cenário de grande demanda apresentando disponibilidade e confiabilidade consideradas excelentes.
Capaz de transportar até 23 toneladas, o KC-390 apresenta uma área de carga de troca rápida multifuncional equipada com uma rampa projetada para operar em dezenas de configurações, como evacuação aeromédica, queda de paraquedas, combate a incêndios florestais e transporte logístico de pista semipreparada. e nenhuma infraestrutura de suporte para a aeronave em locais remotos.