A Força Aérea Brasileira completa 80 anos realizando uma virada histórica rumo a tecnologia do século XXI apoiada por uma indústria aeroespacial cada dia mais forte (liderada pela Embraer), efetivo profissional bem treinado e capacidades operacionais inéditas para realizar com eficácia a defesa do Espaço Aéreo brasileiro.
A Pandemia do Covid-19 e as operações de apoio logístico voadas pela Força Aérea, incluindo o emprego dos novos KC-390 confirmaram o acerto estratégico do Brasil ao investir em uma aviação de transporte de cunho estratégico e com alta mobilidade tática.
A função vital da Força Aérea de integrar o vasto território nacional está garantida e os números de horas de voo e missões da Operação Covid-19 ao longo de 2020 provam que a FAB está pronta para o combate, não importando o adversário ou a demanda.
A integração completa de radares posicionados em pontos chave do território, a introdução de sistemas de comunicações por data-link, incluindo conexão por satélites, e o advento do IFFMOD4BR (identificação amigo/inimigo) permitirá aos novos Saab F.39 Gripen E/F, Embraer KC-390 Millennium e Embraer E-99 Guardião modernizados, a trinca tecnológica da Força Aérea, lutar em ambiente BVR com segurança, lançar, suprir, transportar e reabastecer em qualquer parte do território e também realizar a vigilância, reconhecimento, controle, comando e vetoração de meios em tempo real, compartilhando dados e informações vitais com forças de terra, mar, e no ar.
A Embraer Defesa e Segurança tem um papel estratégico nessa nova arquitetura, fornecendo aeronaves especificadas pela Força, caso do A-29 Super Tucano e KC-390 Millennium, ou atuando como principal integradora, caso da parceria com a Saab do Brasil no programa do novo caça F-39 Gripen.
Empresas Estratégicas de Defesa do Grupo Embraer, como a Atech, desenvolvem os softwares, códigos e ferramentas de missão para diversas aplicabilidades, mantendo a independência da Força Aérea Brasileira nesse estratégico setor.
A AEL Sistemas realiza o desenvolvimento de aviônica embarcada, incluindo o painel touch screen de 5ª geração Wide Area Display do F-39, assim como é responsável pelo datalink Link BR2 e atua no desenvolvimento do IFF.MOD4BR, além de apoiar diversos outros programas da força.
Para projetar e fabricar peças em compósitos para os F-39 a Akaer utiliza capacidades que a empresa vem desenvolvendo antes mesmo do Gripen vencer a concorrência FX-2.
Para produzir partes e componentes das aeronaves no Brasil, a Saab construiu a fábrica Saab Aeroestruturas e Montagens, e as primeiras peças fabricadas localmente já estão sendo entregues.
Novas empresas do cluster aeroespacial brasileiro focadas na área de Defesa, formadas por pessoal egresso da Embraer misturado a novos talentos vem trabalhando, com competência e agilidade, nos programas de modernização das aeronaves T-27M Tucano e E-99M Guardião.
Novas aeronaves de busca e resgate renovaram tecnologicamente a frota SAR brasileira, enquanto na aviação de asas rotativas o programa HX-BR de helicópteros de médio porte está praticamente completo. A realização do reabastecimento em voo desses aparelhos, uma capacidade que poucos outros países possuem, foi testada com sucesso.
Para defender os interesses brasileiros no espaço, um ativo considerado estratégico e potencial foco de investimentos, a Agência Espacial Brasileira atua com total envolvimento da Força Aérea Brasileira.
O setor espacial é considerado como de alta intensidade tecnológica e, como tal, é capaz de gerar retornos crescentes para a economia, contribuindo para a geração de valor e renda em diversas áreas.
O Programa Espacial Brasileiro na atualidade busca atender as prementes necessidades do Estado Brasileiro por comunicações satelitais enquanto sua indústria e pesquisadores desenvolvem soluções new space voltadas para o promissor mercado de satélites de baixa órbita, os cubesats, e veículos lançadores, basicamente foguetes mais simples com capacidade de carga modesta mas confiáveis.
Ao mesmo tempo, os programas de satélites para observação da Terra (óptico e radar), de emprego civil e militar, em que pese a demora no início dos trabalhos de produção, encontram-se com seus payload, softwares e hardwares bem adiantados na fase conceitual e de investigação de tecnologias, mas a aquisição de sistemas fabricados no exterior ainda é uma necessidade inevitável.