Crise na Força Aérea Brasileira coloca aeronaves no solo as vésperas de Reunião do BRICS no Rio de Janeiro
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Crise na Força Aérea Brasileira coloca aeronaves no solo as vésperas de Reunião do BRICS no Rio de Janeiro

Sem recursos, instituição deve adotar meio expediente e cortes drásticos em diversas atividades.
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Nos dias 6 e 7 de julho, a Força Aérea Brasileira será responsável pela Defesa do Espaço Aéreo sobre o Rio de Janeiro, cidade selecionada para receber a Reunião de Cúpula do BRICS 2025

Formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, o bloco geopolítico vai ter uma agenda bastante desfalcada na capital carioca, já que o líder chinês Xi Jinping não comparecerá por conflitos na sua agenda interna, o russo Vladimir Putin não estará presente para não correr o risco de ser preso, de acordo com uma ordem de tribunal internacional, e até mesmo o egípcio Abdel Fattah al-Sisi declinou de sua presença para manter o foco na crise humanitária de Gaza e seus reflexos nas fronteiras egípcias.

É neste ambiente de autoridades internacionais circulando e fortes apelos de segurança (e inteligência) que a Força Aérea Brasileira vai atuar em meio a uma grave crise funcional que ficou pública quando uma série de instruções e determinações do alto comando da instituição começaram a circular nas mídias sociais. 

O conteúdo é forte. 

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O slide desnuda a crise financeira da FAB. Firma: Infodefensa

Em um slide reproduzido neste artigo, as ordens são para suspender cursos para aviadores, incluindo aqueles do GITE ou Grupo de Instrução Tática e Especializada, que em termos práticos, é a escola de alto nível do Comando de Preparo (COMPREP) e utiliza as aeronaves e pessoal da Base Aérea de Natal, o lar da CRUZEX. 

A redução de horas de voo e do número de pilotos é a medida mais controversa, já que uma força aérea que não voa, por consequência não consegue combater com eficácia. 

Afastar 137 pilotos de atividades curriculares de voo, para uma Força com o tamanho da FAB, em termos práticos, é uma medida duríssima, especialmente na estrutura de formação (Academia da Força Aérea) e mantenimento de aeronaves. 

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Metade da frota de A-29 Super Tucano está indisponível para voo. Firma: Roberto Caiafa

Exemplos: metade da frota de A-29 Super Tucano, de um total declarado de sessenta exemplares, estaria indisponível para voo, os poucos caças de ataque Embraer A-1 AMX ainda voando devem ser desativados ao final de 2026, com a perda de capacidade ar-solo empregando armas guiadas e de reconhecimento tático especializado, e os caças F-5EM/FM remanescentes estão na 2ª extensão de sua resistência estrutural, com severas limitações na capacidade de combate e manobras.

A situação é ainda mais chocante quando a própria mídia local noticia que "pela primeira vez em nove anos, a FAB volta a armar seus caças F-5EM remanescentes com mísseis ar-ar", depois da bem sucedida Defesa Aérea dos Jogos Olímpicos de 2016, ocasião em que este autor testemunhou, na Base Aérea de Santa Cruz, um caça F-5EM designado para a Defesa Aérea do Rio de Janeiro ficar armado com apenas UM míssil Rafael Python IV no cabide da ponta da asa direita enquanto cumpria o QRA/ALEBAS. A explicação dada a esse periodista foi "Considerando o perfil das ameaças possíveis, foi avaliado que apenas um míssil por avião seria suficiente para o cumprimento da missão".

Para completar o quadro desanimador, a Força Aérea deverá implementar o meio expediente a partir de 14 de julho em todas as unidades do País, buscando economizar na alimentação do seu pessoal e reduzir gastos internos.

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Os caças A-1 AMX remanescentes devem ser desativados até o final de 2026. Firma: Roberto Caiafa

Para unidades que possuirem capacidade de telemática (internet), a vídeo conferência será a opção para evitar deslocamentos, viagens, cursos ou qualquer outra despesa. Até mesmo as apresentações da Esquadrilha da Fumaça fora do Estado de São Paulo, a princípio, estão canceladas.

A situação do combustível para o voo é igualmente crítica. 

Fontes ouvidas por Infodefensa relatam dificuldades em garantir combustível até mesmo para voos de transporte presidencial e de autoridades, o que pode causar uma série de constrangimentos ao País.

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Nos dias 6 e 7 de julho, a Força Aérea Brasileira será responsável pela Defesa do Espaço Aéreo sobre o Rio de Janeiro, cidade selecionada para receber a Reunião de Cúpula do BRICS 2025.

Missões de reabastecimento aéreo, treinamento de pilotos e até evacuações aeromédicas (transporte de orgãos, apoio as nações indígenas) estão sendo reprogramadas ou suspensas.

Para fechar com chave de ouro a maré de notas ruins, viralizaram na segunda feira imagens de um jato de transporte KC-390 Millennium da FAB que acabou atolado na péssima pista da localidade de Breves, no Estado do Pará. 

A pista, em péssimas condições de conservação, acabou por afundar com o peso do avião, danificando o boogie esquerdo do trem de pouso principal. Em nota oficial, a FAB informou que não houve feridos e nem danos de monta na aeronave, que deverá retornar ao voo o mais rapidamente possível.

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KC-390 danificado em Breves. no Pará. Firma: FAB



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