Força Aérea Brasileira e Kryptus assinam contrato para o desenvolvimento do sistema IFF
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Força Aérea Brasileira e Kryptus assinam contrato para o desenvolvimento do sistema IFF

El primer F-39 Gripen brasileño deberá volar en 2019, en Suecia.
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A Fase 2 do Programa Estratégico da Força Aérea Brasileira (FAB) IFF Nacional entrou em execução contratual no último dia 28 de abril de 2020, quando a empresa Kryptus recebeu a ordem de serviços emitida pela Fundação Casimiro Montenegro Filho.

Prioridade número um do Comaer (Comando da Aeronáutica) para desenvolvimento tecnológico, o programa, que deverá ser executado em 24 meses, resultará em todos os componentes necessários, terrestres e aeroembarcados certificados relacionados ao sistema de IFF - do inglês Identification Friend or Foe, ou Identificação de Amigo ou Inimigo.

Os artefatos desenvolvidos serão utilizados no Programa F-X2, responsável pelo desenvolvimento e aquisição de 36 caças F-39 Gripen E/F para a FAB.

Uso do sistema IFF

Nas últimas décadas, o avanço dos sistemas de armas, principalmente em torno da missilística, mudou o paradigma de identificação de plataformas (aeronave, navios, carros de combate) de visual e baseado em assinaturas, para um sistema ativo, baseado em criptografia.

Essa evolução foi necessária para se automatizar a resolução de alvos, evitando fogo amigo, e, ao mesmo tempo, para atender aos avanços relacionados aos armamentos com capacidades BVR – do inglês Beyond Visual Range, ou além do alcance visual.

“Em conflitos, é fundamental que o subsistema criptográfico do IFF seja de domínio nacional, já que a subversão deste componente crítico pode permitir, por exemplo, que aviões inimigos sejam identificados como amigos em um ataque aéreo, penetrando profundamente nas linhas de Defesa”, comenta Roberto Gallo, diretor geral da KRYPTUS, empresa estratégica de Defesa.

Atualmente, poucos países possuem tecnologia de IFF própria, dentre eles, integrantes da OTAN como Reino Unido e Estados Unidos, China, Rússia e África do Sul. “Em particular na OTAN, a entidade responsável pela geração de chaves criptográficas nas operações é a NSA, dado o nível de criticidade da aplicação. No Brasil, por força de Lei, a criptografia empregada deve ser nacional, e a entidade que fará a gestão das chaves será o próprio COMAER”, adiciona Gallo.

O Gerente do Projeto no IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), Major Aviador Guilherme Moreira, comenta que “este projeto visa atender uma demanda genuína da FAB e lançou o IAE numa importante jornada rumo ao desenvolvimento do primeiro aviônico com tecnologia 100% nacional. Contamos com a Kryptus como parceira e pretendemos entregar o estado da arte em termos de classificação segura para o emprego nas Forças Armadas. É um passo imprescindível rumo a uma interoperabilidade harmônica entre as Forças”.

Sistema de Sistemas

Identificação Amigo ou Inimigo funciona quando a frota militar de combate tem instalado em cada avião ou helicóptero um equipamento emissor/receptor criptografado (com senha) que automaticamente identifica forças amigas, evitando o chamado blue-on-blue ou fogo amigo.

No combate BVR, é fundamental que a Defesa Aérea e seus radares possam detectar e identificar com segurança um intruso muito antes deste apresentar um padrão de voo não cooperativo.

Nesse padrão atual, o provável alvo tem de “comportar-se” de forma não prevista em seu plano de voo para a partir daí uma série de eventos determinarem sua interceptação/abate.

Isso inclui tanto os radares de terra como os sensores a bordo da frota de aeronaves E-99 do Esquadrão Guardião. Com o advento do IFF Nacional, o potencial de emprego da rede de defesa aérea no ar e no solo cresce junto com a segurança dos engajamentos.

O IFF também é necessário para que as futuras baterias de mísseis superfície-ar de média altura operadas pelo Exército Brasileiro, atualmente em desenvolvimento, possam engajar alvos a 100 km de distância (ou mais) com a mesma eficiência na identificação fornecida aos caças F.39 Gripen pela Defesa Aérea, separando amigos de inimigos nos céus ante o disparo de uma salva de SAM´s.

Esse equipamento também evita o chamado fratricídio no ar, como ocorrido recentemente em Teerã, capital do Irã, na esteira de um ataque militar norte-americano.

No dia oito de janeiro último, uma bateria de mísseis TOR-M1 da Defesa Antiaérea da Guarda Revolucionária Iraniana abateu um jato 737 da Ukraine International Airlines (Flight 752) com civis a bordo.

Imagens: Kryptus/Força Aérea Brasileira/Avibras Aeroespacial/Flygvapnet/MBDA



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