Brasil escolhe proposta da Sembcorp Marine para sue novo navio de apoio antártico
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Brasil escolhe proposta da Sembcorp Marine para sue novo navio de apoio antártico

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Imagem ilustrativa do NAPANT com seus principais requisitos de projeto.
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A concorrência para construir o navio de apoio antártico (NAPANT) da Marinha do Brasil teve o estaleiro vencedor anunciado pela Marinha do Brasil em concorrida cerimônia a bordo Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, na última segunda-feira.

O vencedor é o Estaleiro Jurong Aracruz/SEMBCORP Marine Specialised Shipbuilding.

Infodefensa estava a bordo com exclusividade para registrar esse anúncio, feito pelo comandante da Marinha do Brasil, almirante-de-esquadra Almir Garnier Santos, e com a presença do presidente Jair Messias Bolsonaro.

Segundo o comandante da Marinha do Brasil, a escolha pela melhor oferta permitirá ao Brasil reafirmar sua presença no continente Antártico após a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), renovada e ampliada, com maior capacidade de receber cientistas e suas pesquisas, e que agora vai contar com um novo e moderno navio especificamente projetado e construído para apoiar o Programa Antartico Brasileiro (PROANTAR).

"Estamos na Antartica há 39 anos, e a presença brasileira no continente gelado é estratégica. Os investimentos que o Estado Brasileiro vem realizando demonstram a importância da ciência brasileira e do trabalho que desenvolvem. A escolha de hoje é o resultado de um Request for Proposal emitido em maio de 2020. A decisão sobre a escolha do navio envolveu uma análise científica criteriosa baseada em mais de 300 critérios distribuidos em áreas como desempenho do navio, modelo do negócio financeiro, ciclo de vida e apoio logístico integrado, estratégia construtiva" afirmou o comandante da Marinha.

E ele prossegue "A forma criteriosa como a Marinha fez essa seleção, uma decisão técnica ratificada pelo Govern Federal, empregou métodos de análise dos critérios e métodos de análise de riscos guiados por uma modelagem científica empregada por grande parte das Forças Navais da atualidade para comṕarar opções semelhantes mas não iguais que possam trazer o melhor resultado para o cliente dessa escolha. Esse trabalho foi conduzido pelo setor do material da marinha, aqui temos  presente o diretor geral de material da Marinha, Almirante de Esquadra José Augusto Vieira da Cunha de Menezes. A esse setor coube essa responsabilidade, o processo conduzido de modo reservado até o anúncio de hoje".

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Aguiar também explicou a importância da Antartica e da presença brasileira na quela inóspita região do planeta "Em 1975 o Brasil tornou-se signatário do Tratado Antarctico, assumindo compromissos internacionais de cooperação para preservar a liberdade de pesquisa científica nessa região. A Estratégia Nacional de Defesa, aliada aos termos do tratado, busca incentivar que os Ministérios e as Forças Armadas implementem o apoio a participação brasileira no processo de tomada de decisão sobre os destinos da Antártica, que o nosso programa antártico ajuda a suprir. Dentro do atual contexto geopolítico e geoeconômico podemos dizer que a nossa presença se ampara na existência de riquezas naturais, mas esse é um pano de fundo para oportunidades de expandir conhecimento e manter os direitos soberanos sobre a porção do continente antártico que nos cabe, patrimônio do futuro mundial e brasileiro". 

O comandante da Marinha do Brasil também discorreu sobre a presença brasileira na Antártica do ponto de vista operacional "Em 1979, o Brasil iniciou sua trajetória no continente gelado quando foi realizada pela Marinha a primeira operação antártica, consolidada em 1984 com a inauguração da Estação Comandante Ferraz, recentemente ampliada e modernizada para proporcionar melhores condições de habitalidade, segurança e trabalho  para nosso pessoal e para as pesquisas que lá são realizadas. A atuação de nossos navios juntos com voos da Força Aérea Brasileira são funamentais para o mantenimento e abastecimento da Estação, bem como para as atividades de pesquisa e outros projetos brasileiros na região. 

Atualmente a Marinha possui o Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel e o navio polar Almirante Maximiniano que são dedicados a essa missão. O Ary Rongel, após 39 anos de serviço, vem apresentando redução de confiabilidade e aumento dos custos de manutenção. A idade do navio traz como natural consequencia a obsolescencia de diversos sistemas, tornando-se imprescindível a sua substituição. Nesse processo, a seleção da melhor oferta para o projeto de obtenção do novo navio de apoio antartico baseou-se na expertise  técnica do CASNAV (Centro de Análises de Sistemas Navais), da Diretoria de Sistemas de Armas, da Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha. 

Esse trabalho especializado foi desenvolvido com a colaboração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econônico e Social (BNDES), que nos ajuda nas métricas de conteúdo local, e também pela Fundação Getúlio Vargas, que trouxe mais credibiliade na metodologia de comparação das ofertas, desse modo, temos uma terceira instituição validando e supervisionando o processo com uso de ferramental cientifico adequado a esse certame. O Projeto de Obtenção de um Novo Navio de Apoio Antartico trará benefícios não só para a Marinha, ele vai permitir também o desenvolvimento e o aprimoramento tecnologico da industria nacional, ampliará nossa capacidade de construir navios e gerará milhares de empregos diretos e indiretos para brasileiros. Logo, a obtenção de um novo navio de apoio antartico juntamente com outros programas estratégicos como o Programa Nuclear da Marinha, Programa de Construção de Submarinos e o Programa de Construção de Fragatas Classe Tamandaré contribuirão para consolidar a importância da Marinha do Brasil como vetor de desenvolvimento tecnológico e geradora de emprego e renda", finalizou o comandante da Marinha do Brasil.



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