​A Defesa do Brasil em 2023, um prognóstico indefinido
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​A Defesa do Brasil em 2023, um prognóstico indefinido

Ares Aeroespacial e Defesa no Especial BIDS Brasil Infodefensa
O protótipo da REMAX 4, estação de armamento remoto do Exército Braileiro. Foto: Roberto Caiafa
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Se as entregas de equipamentos, produção de sistemas e desenvolvimentos de tecnologias marcam o ano na Defesa de uma Nação, o Brasil tem todos os ingredientes para realizar um 2023 de grandes êxitos. Mas se o campo político partidário contaminar as decisões do Estado Brasileiro, então paradigmas serão quebrados e uma análise se tornará inviável, pois é incerto deliberar sobre o caos.

Por isso a LAAD, que retorna ao calendário em abril de 2023 no Riocentro, será decisiva como evento termômetro dos caminhos que a Defesa brasileira deverá seguir.

No seu retorno após a Pandemia do Covid-19, a feira promete movimentar o mercado, especialmente com relação as aquisições dos Programas Estratégicos das Forças.Laad Defence Security 2023

A Base Industrial de Defesa brasileira, após aquecer suas máquinas na Mostra BID Brasil em dezembro de 2022, vai dividir corredores e pavilhões com as maiores e melhores empresas do setor de todo o mundo.

Concorrências e programas dos países vizinhos também estarão no radar do mercado, tornando a feira realmente continental seja na terra, no mar ou no ar.

No campo dos Programas Estratégicos, o Exército Brasileiro deverá realizar mais lançamentos do AV-MTC 300, de modo a declarar o sistema homologado e operacional em 2024, o que inclusive pode dar um novo fôlego ao produto Astros no mercado internacional.

A dupla de Centauro II contratados para avaliação e testes chega antes do fim do primeiro semestre, e ao longo de 2023 e 2024 esses carros vão experimentar uma atribulada série de campanhas e ensaios. 

Os caminhões de resgate e socorro adquiridos a Navistar Defence começam a chegar ao Porto de Paranaguá em abril de 2023.

AV MTC 300

O missil de cruzeiro AV-MTC 300, da Avibras. Foto: EB

No PEE Aviação, os drones Nauru 1000C terão a árdua tarefa de ajudar a criar uma doutrina 100% brasileira para SARP armado, com a vantagem de que a integração do MBDA Enforcer vai caminhar em paralelo com esses estudos. 

Existem rumores de que a Aviação do Exército pretende lançar uma concorrência para adquirir até 12 helicópteros armados, com o processo sendo deflagrado em 2023. 

A recente visita de uma delegação da Aviação do Exército a Itália, onde aviadores testaram o A-129 Mangusta, confirma que o Exército não desistiu de obter o seu helicóptero de ataque, ou pelo menos uma plataforma artilhada multifuncional de médio porte como um stop gap. 

Os modelos mais cotados são o AW169 da Leonardo, o BlackHawk da Textron, e o H-145M de cinco pás, na versão artilhada, da Airbus Helicopters.

Vista Aérea de la fábrica de Helibras en Itajubá MG. Fotos: Helibras: Helibras, R. Caiafa y R. Olivas.

Vista aérea da fábrica da Helibras/Airbus Helicopters em Itajubá. Foto: Helibras

O  ainda inédito obuseiro autopropulsado sobre rodas deverá ser escolhido ao final de 2023, no cenário mais otimista. 

De fato, e especialmente para o Exército Brasileiro, a LAAD 2023 vai ser fundamental para auxiliar em algumas escolhas importantes, como por exemplo, o morteiro de 120mm semi-automático embarcado, destinado ao 6x6 Guarani.

O protótipo do radar M200 Multimissão deverá ser apresentado durante a feira, ou logo após, junto com outros importantes avanços do PEE Defesa Antiaérea

Se a questão político-partidária for mantida fora do ambiente Defesa, e os programas estratégicos forem respeitados na sua execução fiscal ao longo do ano (fim dos contingenciamentos), o Exército vai alcançar seus objetivos principais dentro dos mínimos aceitáveis para uma instituição do seu porte e relevância para a Base Industrial de Defesa.

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Chegada dos caças F.39 Gripen em Anápolis. Foto: Alan K B Ramos

A Força Aérea Brasileira, espera-se, deverá priorizar a continuidade dos principais programas, como o Gripen BR, o KC390, o MICLA BR e a continuidade das obras e entregas em Anápolis, atendendo tanto os caças quanto aeronaves de transporte e os aviões de alerta aéreo antecipado, comando e controle.

Assim, a Base Aérea de Anápolis irá paulatinamente assumindo seu papel como centro nervoso do poder aeroespacial brasileiro a medida que for recebendo mais caças Gripen e transportes KC390.

 Outra importante ação de continuidade será a assinatura do contrato de conversão para MRTT do 1º KC-30 entregue a Força Aérea em 2022, de modo que esse exemplar retorne ao Brasil após ser convertido para MRTT no final de 2024 ou início de 2025.

Com as entregas de novos radares secundários equipados para emprego de IFF, será possível ampliar cada vez mais as capacidades dos caças F.39E/F Gripen.

Para a Marinha do Brasil, 2023 será um ano de desafios como e entrega do submarino Humaitá a Esquadra, a continuidade e conclusão das obras do Navio Patrulha Mangaratiba, nas instalações do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, e o estabelecimento de novos contratos com a ICN, dentre outros.

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PROSUB: o submarino de propulsão nuclear deve entrar efetivamente em construção em 2023. Foto: Roberto Caiafa

O Programa Nuclear prevê avanços importantes no LABGENE, que é o reator nuclear do submarino em terra, e nos processos de produção do combustível nuclear.

No Corpo de Fuzileiros Navais, as entregas dos blindados 4x4 JLTV, originalmente previstas para outubro de 2022, deverão acontecer ao longo de 2023, assim como outros equipamentos do Pró Adsumus!

A construção da primeira fragata Tamandaré deverá atingir seu primeiro ponto culminante com o batimento da quilha, previsto para acontecer em março de 2023. O lançamento está estimado para junho de 2024 e a entrega a Marinha do Brasil para dezembro de 2025.

No Programa MANSUP, os disparos dos mísseis piloto 02 e 03 estão previstos, e a industrialização do sistema deverá ser finalmente iniciada. Em outra linha de ação, alongar a vida útil das Fragatas Niterói que ainda estão operando será necessário, mais uma vez. Os maiores navios da esquadra, como o NAM Atlântico e o G40 Bahia, deverão alternar períodos de manutenção geral, de modo a manter as qualificações de pouso e decolagem a bordo, de dia ou noite, para os pilotos operativos em asas rotativas da Aviação Naval.

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Sensores e armamentos da Fragata Classe Tamandaré. Imagem: MB



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